04/05/2014
às 11:40 \
Já disse e repito: a frase de Reinaldo
Azevedo precisa ser atualizada. O jornalista dizia que com o PT no
governo é assim: uma enxadada, uma minhoca. São tempos passados. Hoje,
para ser mais fiel ao que ocorre, o certo seria dizer: uma enxadada, uma
jiboia! Basta uma investigação e já aparecem rombos milionários. É
impressionante.
O novo escândalo
envolve o Postalis, fundo de pensão dos Correios. A CVM apura fraude
após ligação com o doleiro Youssef, aquele da operação Lava-jato e
amigão do peito do deputado André Vargas, até “ontem” do PT. Os
Correios, como todos sabem, foram o pivô do escândalo do mensalão.
Quando as estatais e seus fundos de
pensão são tratados como instrumentos de politicagem e desvio de
recursos, quem paga o pato somos todos nós, “contribuintes”, e
principalmente seus funcionários:
Gestões de
eficiência duvidosa do Postalis durante os mandatos dos ex-diretores
financeiros Adilson Florêncio da Costa e Ricardo Oliveira Azevedo podem
ter contribuído para que um déficit técnico em um dos planos de
previdência da fundação alcançasse cifras bilionárias desde 2009 — o
que levou a entidade a aumentar a contribuição dos funcionários e
causar uma queda de braço entre os sindicatos dos trabalhadores, a
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e o Tesouro Nacional
sobre quem deve pagar a dívida.
Em 2008, os Correios decidiram
encerrar as atividades do plano de Benefício Definido (BD) e transformar
a expectativa de direitos dos participantes em números, totalizando
valor projetado para aporte de R$ 700 milhões, para equilibrar as contas
do BD, algo assumido pela patrocinadora. Porém, um ano depois se
constatou que o valor necessário para efetivar o saldamento (interrupção
de pagamento das contribuições) do BD mais que dobrou, indo a R$ 1,5
bilhão.
Somado a
esse valor, há ainda um déficit de R$ 935 milhões provenientes, em sua
maioria da área de investimento do Postalis, identificado no balanço do
ano passado e que onera ainda mais o Plano BD — levando o rombo, caso os Correios não aceitem saldar a dívida, a um valor de cerca de R$ 2,5 bilhões,
ou 35% do patrimônio do plano, estimado em R$ 7 bilhões. O Conselho
Fiscal dos Correios, ligado ao Tesouro, questionou o pagamento, mas
concordou em saldar, por enquanto, a cota mensal da dívida.
Como se vê, bilhão parece trocado quando
se trata dos escândalos estatais. E nenhuma fica livre das garras do
partido. Como já mostrei aqui, até a Embrapa tem sido manchada pela politização durante a gestão petista. E agora há novo escândalo na empresa:
A
Controladoria Geral da União (CGU) indiciou a diretora de Administração e
Finanças da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa),
Vânia Beatriz Castiglioni, por supostas irregularidades na criação da
Embrapa Internacional, com sede nos Estados Unidos, um projeto que
acabou abortado pelo Ministério da Agricultura. O indiciamento se
estende ao ex-presidente da estatal Pedro Antônio Arraes e a dois
pesquisadores da instituição, responsáveis pela criação da unidade fora
do país. A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar a
história. O procedimento policial está na fase de depoimentos dos
envolvidos.
[...]
Vania
integra o grupo de gestores da Embrapa vinculados ao PT e mantidos nas
funções de chefia por conta do apoio partidário. Pesquisadora de
carreira, ela é filiada à legenda no Paraná, mais especificamente em
Londrina, desde 1990, conforme os registros do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). A empresa tem três diretores-executivos, dos quais dois
têm indicação do PT. O mandato desses diretores, que passaram por um
processo de seleção, venceu em abril. Eles permanecem no cargo e não
haverá mais seleção. Prevalecerá o critério da indicação política.
Complicado, não? Os petistas, tais como
os cupins, vão corroendo todas as instituições e deixando um rastro de
estrago no caminho. Quanto tempo será preciso para limpar essa sujeira
toda? Isso, claro, assumindo que os cupins não continuarão no poder após
este ano…
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