O roubo “revolucionário”: quando os fins justificam quaisquer meios
Uma ala revolucionária da esquerda sempre
defendeu que seus “nobres” fins justificavam quaisquer meios. É com
base nessa premissa que aplaude até terroristas como Carlos Marighella e
Cesare Battisti, ou assassinos frios como Che Guevara. Mas não é
preciso chegar aos casos mais extremos: tal mentalidade ajuda a criar um
clima permissivo no tocante aos crimes do cotidiano também.
Basta pensar nos discursos do
ex-presidente Lula afirmando que fez o que todos fazem, relativizando a
ética o tempo todo, dando o pior exemplo possível para o povo
brasileiro. Ou mesmo a presidente Dilma, tratando casos chocantes de
corrupção como simples “malfeitos”.
Tudo isso ajuda a criar um ambiente de
“vale tudo”. O sujeito comum olha para cima e vê apenas licenciosidade
com todo tipo de crime, e se sente no direito de ignorar as leis também.
Para piorar, encontra no próprio discurso predominante da esquerda uma
justificativa perfeita para seu desejo de roubar: ele é uma “vítima da
sociedade”, e as injustiças e desigualdades sociais são as responsáveis
por seus atos, não ele mesmo.
Para saber onde isso nos leva, basta observar a Venezuela de hoje. Em excelente artigo
publicado no GLOBO, Eduardo Mayobre explica como o simples roubo se
tornou um instrumento “revolucionário” no país bolivariano. Roubar a
bateria de um carro estacionado virou um “ato revolucionário” para
combater as injustiças do sistema, do capitalismo.
Se há escassez – escassez esta produzida
pela estupidez do modelo socialista – então tudo é permitido! O diálogo
parece um tanto surreal, mas sabemos que é exatamente esta a mentalidade
de boa parte da esquerda latino-americana:
— Ser vítima
é o que lhe permite entrar no processo e justifica que você também
acaricie a possibilidade de roubar do vizinho que tenha uma bateria ou
de quem tenha vários pacotes de farinha em seu carrinho de supermercado.
— Mas não quero roubar nem quero que me roubem.
— Porque está do lado errado da história.
— E isto é a revolução?
— É o que terminou sendo. Sobretudo na etapa madura de sua história.
A etapa madura, sob o comando de Maduro, é
a completa anomia, um clima iminente de guerra civil. As sementes foram
plantadas desde o começo da gestão de Hugo Chávez, com sua retórica
socialista, a segregação do povo entre amigos e inimigos, o abuso de
poder, a impunidade, o roubo institucionalizado pelo próprio governo, a
inflação, etc.
A desgraça não vem por acaso, do nada; é
obra de anos e anos de práticas estúpidas e discursos “revolucionários”,
que indicam ao cidadão comum que seus fins permitem quaisquer meios.
Tipo os invasores do MST aqui no Brasil, sendo recebidos pelo governo,
que distribui verbas para os criminosos em nome da “justiça social”.
Se o socialismo é a idealização da inveja, a revolução socialista é a pilhagem oficializada. Apenas isso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário