Internacional - América Latina
1. Paradoxalmente, o presidente Maduro, da Venezuela, transformou-se no principal promotor da desmontagem do “mito” chavista e do “socialismo bolivariano do século XXI”, com o descalabro político, econômico e social a que conduziu o seu país.
- Apontamentos de Destaque Internacional (texto interativo, podem se reproduzir livremente, inclusive sem citar a fonte). Responsável: Javier González. Envie sua valiosa opinião, sugestão, pedido de remoção, etc. para destaque2016@gmail.com (por favor, difunda este editorial o máximo possível, em suas redes sociais, se concorda com seu conteúdo).
1. Paradoxalmente, o presidente Maduro, da Venezuela, transformou-se no principal promotor da desmontagem do “mito” chavista e do “socialismo bolivariano do século XXI”, com o descalabro político, econômico e social a que conduziu o seu país.
2.
Maduro recém acaba de completar o primeiro ano de governo, e o
radicalismo político que aplicou nesses primeiros 12 meses, seguindo a
receita de assessores cubanos que abarrotam a Venezuela, manteve esse
país a beira de uma guerra civil durante várias semanas.
3.
Porém, não é somente o presidente venezuelano o responsável pela agonia
do “mito” chavista e do “socialismo bolivariano” na América Latina.
Existe um “eixo” de governos que, de uma maneira ou de outra, seguiu a
política externa venezuelana de guerra fria, que esbofeteia
obsessivamente os Estados Unidos enquanto se lança nos braços dos
neo-imperialismos da Rússia de Putin e da China comunista.
4.
O presidente Rafael Correa, do Equador, seguiu os passos ditatoriais de
Chávez e Maduro, e colheu como resultado a recente derrota nas eleições
municipais, incluindo a estratégica prefeitura de Quito, a capital.
Correa tentou melhorar sua imagem internacional viajando aos Estados
Unidos, porém em todas as cidades que visitou ouviu interpelações do
público por suas políticas ditatoriais, especialmente, contra os meios
de comunicação e a iniciativa privada.
5.
A presidente Cristina Kirchner, da Argentina, também aplicou em seu
país as “receitas” chavistas-maduristas e a única coisa que conseguiu
foi o triste “milagre” de arruinar socialmente um país que outrora
ocupou os primeiros lugares na América Latina. A presidente argentina
nem sequer está em condições políticas para tentar uma re-eleição.
6.
A presidente Dilma Rousseff, do Brasil, incentivada por setores mais
radicalizados do Partido dos Trabalhadores (PT), levou adiante nos
últimos anos uma política intervencionista e socializante na economia
desse gigantesco país, asfixiando a iniciativa privada e arruinando
empresas estatais que outrora foram um orgulho nacional. A Srª Rousseff
está obtendo como resultado o estancamento econômico junto com o
ressurgimento da inflação. O ano passado teve de enfrentar gigantescas
manifestações de descontentamento. E recentes pesquisas eleitorais
mostram os frutos obtidos pela presidente Rousseff com as receitas
chavistas impulsionadas pelos setores radicais do PT: a queda da
popularidade e o risco de lhe faltar votos para se re-eleger nas
eleições presidenciais de novembro.
7.
O custo humano, social, político, econômico e cultural do “mito”
chavista e das aventuras que se inspiraram nesse mito, é gigantesco.
8.
Paradoxalmente, o “mito” chavista está se afundando, não tanto pela
força de seus adversários latino-americanos, senão pelo extremismo
ideológico e político de seus próprios defensores. É de se desejar que a
desmontagem do “mito” chavista seja um processo irreversível. Os países
da região que têm incentivado a propriedade privada e a livre
iniciativa, especialmente, na área do Pacífico, mostram um
desenvolvimento econômico positivo, que contrasta com a deterioração
econômica dos países que estão aplicando receitas inspiradas no
“socialismo bolivariano”. O que está em jogo é, nada mais e nada menos,
que o futuro da América Latina.
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04 de maio de 2014
Cubdest.org
Tradução: Graça Salgueiro
Tradução: Graça Salgueiro
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