O presidente de honra do PT, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva cobrou do partido nesta sexta-feira uma posição firme de defesa das realizações do seu governo e de sua sucessora, a presidente Dilma Rousseff. Durante o 21º Encontro Estadual do PT do Rio Grande do Sul, que oficializou a candidatura de Tarso Genro à reeleição no governo gaúcho, Lula afirmou que a população brasileira não é bem informada sobre os avanços das políticas públicas no País e, apesar de anunciar que evitaria críticas à imprensa, acusou a mídia de fazer parte de um “processo premeditado de desinformação”.
“Hoje
eu prometo que não vou falar mal da imprensa aqui”, começou Lula,
recebendo em resposta um coro da plateia: “Fala! Fala!” “Eu vou repetir
uma coisa que é uma angústia que eu tenho. Eu acho que, por conta do
tratamento que a imprensa tem dado ao governo Dilma, o povo brasileiro
não sabe 30% do que o governo da presidente Dilma está fazendo”, disse o
ex-presidente.
Lula
afirmou que, em recente encontro com jovens filhos de políticos
petistas, descobriu que poucos sabiam das realizações dos 11 anos de
governo do PT. “Se um menino de 20 anos e um jovem de 17 anos não sabem o
que o nosso governo fez, se não sabem a transformação que nós fizemos
no País, alguma coisa de errado está acontecendo no País. E descobri que
há um processo de desinformação premeditado no País, para as pessoas só
saberem o que há de errado no País”, atacou.
Segundo
Lula, cabe à militância confrontar o discurso da oposição de que os
feitos do governo se devem exclusivamente ao esforço individual de cada
brasileiro. “Agora falam que se alguém entrou na universidade, foi
porque estudou muito. Se alguém conseguiu um emprego, foi por esforço
próprio. Tudo agora virou esforço próprio, e eu me pergunto: se essas
pessoas são tão esforçadas, por que não conquistaram isso no governo dos
tucanos?”, questionou. “Quando alguém fala mal do País, nós temos que
perguntar de que data eles estão falando, e se eles se lembram de como
era o País em 2002, quando nós assumimos”, cobrou Lula.
Por
fim, o ex-presidente arrancou risos da militância ao atacar um dos
principais jargões da oposição, que trata da necessidade de um “choque
de gestão” no governo. “Nós temos instrumentos e argumentos, coisa que
eles não têm. Porque eu estou vendo eles falarem, e a única palavra
deles é choque de gestão. Toda vez que um tucano fala em choque de
gestão eu já sei que o trabalhador vai entrar pelo cano, porque isso
significa demissões e cortes nos salários”, disse.
07 de junho de 2014
Marcelo Miranda Becker / Terra
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