O
desejo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se cumpriu nesta
sexta-feira, a menos de uma semana da abertura da Copa do Mundo na
cidade de São Paulo. No último dia 16 de maio, o petista afirmou ser
"babaquice" a preocupação de oferecer metrô para o torcedor chegar aos
estádios.
"Nós nunca tivemos problemas em andar a pé. Vai a pé, vai
descalço, vai de bicicleta, vai de jumento, vai de qualquer coisa",
disse Lula, em palestra para blogueiros. Nesta sexta, o paulistano que
comprou ingresso para assistir ao último amistoso da seleção brasileira
antes da estreia no Mundial, no Morumbi, não poderá usar o metrô, parado
pelo segundo dia de greve.
E o carro também não será um bom negócio:
com chuva e o rodízio de veículos liberado pela prefeitura, as ruas e
avenidas da maior cidade do país estão travadas.
Segundo
a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), foram registrados 251
quilômetros de vias engarrafadas às 10h30, recorde histórico para o
horário. As principais artérias que cortam a cidade estão
congestionadas.
Por volta das 11h, um protesto de metalúrgicos ajudou a
piorar o cenário caótico ao bloquear duas faixas da Avenida Paulista.
Outras manifestações, de funcionários da construção civil e as marchas
diárias dos sem-teto (MTST), estão programadas para esta sexta.
A greve dos metroviários
paralisa parcialmente três linhas do metrô – 1-Azul, 2-Verde e
3-Vermelha. Nas primeiras horas da manhã, grevistas decidiram realizar
piquetes em estações e impedir funcionários que não aderiram à
paralisação de trabalhar normalmente.
A Polícia Militar utilizou bombas
de gás lacrimogêneo para dispersar o grupo e impedir depredações. O
Metrô informou em sua conta no Twitter que havia "impedimento da entrada
de funcionários nos postos de trabalho por grevistas".
Os
metroviários vão fazer um ato de protesto, às 16 horas, na Estação
Tatuapé, com possibilidade de fechar a Radial Leste, principal via de
ligação da Zona Leste ao Centro da capital. "Há risco de a greve
continuar (até a Copa), se o governador não negociar", afirmou Altino de
Melo Prazeres Júnior, presidente do sindicato.
Em
reunião na sede do sindicato nesta sexta-feira, os metroviários
rejeitaram a proposta de reajuste de 8,7% feita pelo governo paulista e
decidiu manter a paralisação. O governo de São Paulo acionou o Tribunal
Regional do Trabalho (TRT) por considerar a greve abusiva. O Tribunal de
Justiça de São Paulo marcou para sábado o julgamento da liminar que
obriga os funcionários a manter 100% da frota funcionando em horário de
pico, e 70% no restante do dia. Do site da revista Veja
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