O primeiro grande ato de campanha
do PT em São Paulo foi comandado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
que atacou nesta sexta (18) o governador Geraldo Alckmin (PSDB) pela crise de
abastecimento de água. O petista afirmou que as gestões
dos tucanos nos últimos 20 anos no Estado são tão problemáticas que "nem
água para beber estão garantindo para o povo".
Lula ainda provocou diretamente o
governador. "Eu não sei quantos banhos por dia está tomando o governador,
mas tenho certeza que na periferia as pessoas não estão tomando banho para ter
água para lavar roupa ou lavar a louça. Se ele não sabe disso, é importante
alguém contar", disparou o petista. "Eu fico imaginando se fosse
governador do PT aqui em São Paulo, o que a imprensa já teria feito com esse
governador", completou.
Uma das principais estratégias do
PT para tentar desidratar a campanha tucana no Estado é focar no problema do
abastecimento de água. Líderes repetem que a ameaça de falta de água não é
provocada pela seca, mas por falta de obras necessárias.
Em cima de carro de som na Praça
da Sé, Lula disse que o partido nunca esteve tão próximo de conquistar o
governo do Estado e minimizou o baixo desempenho de Alexandre Padilha na
corrida. Pesquisa Datafolha divulgada na quinta (17) mostrou Alckmin com 54%,
seguido de Paulo Skaf (PMDB), com 16%. Padilha pontua 4%.
Segundo o ex-presidente, a
reeleição da presidente Dilma Rousseff e a vitória de Padilha são
"prioridade de vida" para ele. O petista voltou a provocar o
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que em um artigo nesta semana o acusou
de omissão no mensalão. Lula disse estar disposto a debater corrupção na
campanha. "Eu desafio eles a provarem
se algum presidente nesse país criou mecanismo de investigação, de apuração, de
mandar prender corrupto como eu criei em oito anos".
Segundo Lula, o governo FHC era
"roubar por roubar e não tinha denúncia porque tinha um tapete muito
grande para jogar toda sujeira". Antes de encontrar Lula, Padilha
circulou por quarteirões do centro carregando crianças no colo e posando para
fotos. A passeata foi tumultuada e os seguranças do candidato trocaram
empurrões com políticos, militantes e jornalistas.
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