sábado, 19 de julho de 2014

Rodoviários e empresas não fecham acordo e processo de dissídio continua




De acordo com o governo do Distrito Federal, a paralisação, que ocorreu na quarta (16) e quinta-feira (17), atingiu cerca de 320 mil usuários do transporte público por dia

 
Mesmo depois do fim da paralisação dos rodoviários de três empresas de ônibus do Distrito Federal, os empresários insistiram com a ação de dissídio na audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT). As empresas querem que a Justiça decrete a ilegalidade da greve, que durou dois dias.


De acordo com o governo do Distrito Federal, a paralisação, que ocorreu na quarta (16) e quinta-feira (17), atingiu cerca de 320 mil usuários do transporte público por dia. A população teve que recorrer a transportes alternativos, inclusive piratas, para se locomover.


Os rodoviários das empresas Viação Pioneira, Marechal e Expresso São José começaram a paralisação na quarta-feira, as 8h. Eles alegam que acordo feito no dia 8 de junho previa, entre outros itens, o pagamento do salário com reajuste de 20% e da cesta básica com reajuste de 40% no dia 5 de julho. Porém, no dia combinado, os trabalhadores das três empresas receberam os salários sem reajustes.


Ainda no dia 5, houve novo acordo prevendo o pagamento do reajuste em duas parcelas, nos dias 8 e 15 de julho. No entanto, segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários do Distrito Federal, Jorge Faria, as empresas não pagaram a segunda parcela, o que motivou a paralisação da última quarta-feira.


As empresas alegam que não pagaram a segunda parcela porque não houve acordo no dia 8 de junho. O sindicato diz que houve acordo, mas que ele será assinado até a próxima sexta-feira. Segundo Farias, a categoria não pensa em fazer outra greve, a menos que as empresas se recusem a formalizar a negociação na próxima semana.


Em reunião ontem, com mediação do governo local, as empresas se comprometeram a pagar hoje a segunda parcela do reajuste e os empregados, a voltarem as trabalhar na manhã de hoje. Na reunião, as empresas se comprometeram ainda a pagar os valores retroativos a maio e junho no dia 5 de agosto.


O processo de dissídio vai ser analisado pelo Ministério Público do Trabalho e depois será entregue a um relator do TRT. Em seguida, será analisado em plenário no tribunal.



Fonte: Agência Brasil  Jornal de Brasilia

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