Eleições 2014
Caciques do partido se reuniram com o ex-presidente para debater erros das campanhas da presidente-candidata Dilma Rousseff e do ex-ministro Alexandre Padilha, candidato ao governo paulista
Felipe Frazão
Lula se reúne com caciques do PT para debater erros nas campanhas de Dilma e Padilha
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“É grande a nossa responsabilidade de eleger a Dilma para dar continuidade nesse processo e preparar a volta do Lula em 2018”, disse o presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão.
“O caminho mais curto e melhor para o Lula voltar a ser presidente é a Dilma ser reeleita”, disse o presidente do PT estadual, Emídio de Souza, que também cometeu um ato falho. “É evidente que nós tivemos dificuldade com material de campanha no último período. Mas desde ontem e hoje, todas as macrorregiões e cidades estão recebendo panfletos à vontade com os principais pontos do Padilha, recebendo cédula do Lula... Do Lula não, da Dilma e do Suplicy.”
Pela manhã, integrantes do Diretório Nacional redigiram uma resolução com críticas à candidata do PSB, Marina Silva, e pediram ajustes na tática de Dilma, que procurava convencer eleitores “com números” do governo federal. O manifesto diz que “os candidatos da oposição vestem a fantasia da mudança, mas seus programas de governo revelam que a mudança propalada serve mais aos grupos que os apoiam do que àquela desejada pela maioria da população.” O documento também fala em “ajuste conservador” e “retrocesso”.
“Não temos nada contra Marina Silva, temos contra o programa que ela encampou, as ideias que ela passou a defender, embora tenha mudado depois de um tuíte. É um contraste de projetos, não uma disputa de personalidades, um ataque duro àquelas ideias que representam o retrocesso”, disse Falcão. “Esse programa é hostil à classe trabalhadora. O programa do PSB e de seus coligados é um programa de desemprego. Eu não dou cheque em branco para o Banco Itaú.”
Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), braço sindical do PT, disse que Marina é uma “candidata forjada” e um “engodo nacional”.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), também alfinetou a Marina. Ele disse que o PT sempre dialogou com os grandes bancos, mas que eles nunca mandaram no programa de governo. Haddad repudiou o que classificou como um “ataque ao patrimônio” dos doze anos de governo do PT. Ele falou que “é suportável o ataque à pessoa, à Dilma, ao Lula, ao Padilha, ao Suplicy e a mim”
O diretório do PT estacionou um caminhão lotado de material de campanha – bandeiras, panfletos e adesivos para carro – no estacionamento do Anhembi, local da reunião. Os dirigentes pediram que os parlamentares de todos as cidades promovam atos de campanha semanalmente, ainda que sem a presença de Padilha ou de Dilma. “Não tenham vergonha de usar a estrela do PT. Não aceitem provocação na rua, não tem de abrir a janela do carro para xingar ninguém”, pregou Emídio para combater a onda “anti-petista”.
Maquiavel
Lula sinaliza volta em 2018, tropica e desaba no palco
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se desequilibrou
e caiu no palco durante um comício do PT, em Salvador, na última
terça-feira (02)
É muito cedo para a gente discutir, mas uma coisa eu digo para vocês: em 2018 eu vou estar com 72 anos. Enquanto eu tiver forças para brigar por esse país, não vou permitir que aqueles que não fizeram nada pelo Brasil em 500 anos voltem", disse. No mesmo dia, aliados do ex-presidente lançaram um site, sem se identificar, para espalhar nas redes sociais o movimento Volta, Lula – já neste ano. “Temos até o dia 15 de setembro para trocar candidatos”, diz o site.
Durante o comício, Lula escorregou quando cumprimentava um militante petista e acabou desabando no palco – ele não se machucou.
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