BLOG do SOMBRA
Fiscais derrubaram 1,6 mil metros de muro de empresa irregular
Há cerca de dois meses, a Secretaria de Ordem Pública e Social (Seops) demoliu a garagem de uma empresa de ônibus
no Riacho Fundo 2. Erguida em terras públicas, a construção ameaçava
uma importante área de preservação ambiental da região. Mesmo após a
retirada da ocupação irregular, o Ministério Público do Distrito Federal
e Territórios (MPDFT) quer explicações sobre a invasão...
Em junho, o Correio denunciou que uma empresa de ônibus ocupou irregularmente área avaliada em R$ 3 milhões.
Um dia após o Correio denunciar a apropriação indevida da área estimada
em 20 mil metros, a 6ª Promotoria de Defesa do Meio Ambiente e do Patrimônio Cultural
(Prodema) abriu investigação sobre o caso. O promotor César Augusto
Nardelli requisitou informações sobre a situação à Agência de
Fiscalização (Agesfis) e ao Instituto Brasília Ambiental (Ibram).
O primeiro órgão consultado respondeu dizendo que, de fato, o dono da
Expresso Vila Rica -uma empresa de transporte de estudantes- não
apresentou documentos que autorizassem a construção. Por esse motivo, o
órgão demoliu os muros. O Ibram manifestou-se reiterando que a
propriedade fica dentro de uma região denominada Área de Preservação do
Planalto Central e destinada à agricultura familiar.
Também reforçou que o proprietário da Exdpresso Vila Rica, Adelmar dos
Santos Cordeiro, continuava a usar o espaço para estacionar os cerca de
60 ônibus. O promotor ainda enviou ofício à Secretaria de Educação, tendo em vista
que o denunciado mantém contrato com a pasta e recebeu, nos últimos
quatro anos, de R$ 12 milhões do GDF. “Ficou claro que a garagem não tem
qualquer tipo de regularidade ambiental. Achamos, por bem, levar essas
denúncias a esses órgãos”, destacou o promotor César Nardelli.
Entenda do caso
Há cerca de oito meses, o espaço cercado pelo dono da Expresso Vila Rica era uma ampla área
de cerrado. Situada a poucos quilômetros do centro do Riacho Fundo 2,
passou a ser cobiçada por grileiros. O primeiro a invadir as chácaras 98
e 115 pertencentes à Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) foi
um agricultor identificado como João Pereira. Morador de uma chácara nas
proximidades, decidiu cercar parte do terreno. Mesmo sem autorização,
ele se apresentava como dono das glebas e começou, discretamente, a
anunciar a área pública.
No início de 2014, em um acordo informal, João Pereira vendeu as
chácaras por R$ 400 mil ao dono da Vila Rica, Adelmar dos Santos
Cordeiro. A primeira medida adotada por Adelmar foi levantar o muro.
Dessa forma, as terras onde deveriam ser cultivadas plantações de
verduras, frutas e hortaliças ganharam uma imponente cobertura para
proteger os veículos do sol e da chuva. O Correio publicou a denúncia no
dia 18 de junho último. Treze dias depois, o terreno avaliado em R$ 3
milhões foi demolido numa megaoperação da Seops.
Fonte: Por SAULO ARAÚJO, Correio Braziliense - 24/09/2014 - - 22:55:16
Comentário
No DF, atrás de cada invasão ilegal ocorrida em área de preservação ambiental tem um Distrital envolvido.Alguns chegam ao cumulo de irem ate as administrações regionais das áreas envolvidas exigindo que as administrações regionais regularizem os locais, embora os mesmos sejam ambientalmente protegidos! A questão é saber qual Distrital está envolvido na grilagem do Riacho Fundo 2.Eu tenho algumas sugestões de nomes...
Vera Regina Moraes RS
Vera Regina Moraes RS
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