qui, 30/01/14
por renan.ramalho |
Já há alguns meses que a ministra da
Comunicação Social, Helena Chagas, vinha sofrendo pressão de setores do
PT que queriam maior influência para liberar verbas de publicidade do
governo federal, uma das atribuições da pasta. Outra queixa do partido
se dava em relação à postura da ministra com a imprensa; alguns petistas
desejam um enfrentamento maior em relação às notícias negativas
envolvendo o governo.
Durante o ano de disputa eleitoral, dizem esses críticos, a postura mais conciliadora de Helena Chagas, entra em rota de colisão com a linha já definida pela cúpula de campanha.
Com a saída de Helena, ganha força o núcleo de coordenação de comunicação composto pelo marqueteiro João Santana e pelo jornalista Franklin Martins, que ocupava a pasta na gestão Lula.
Publicado às 17h07
BLOG do Camarotti
A presidente Dilma Rousseff deu início à reforma ministerial que consolidará o apoio partidário ao projeto da reeleição, mas, por enquanto, mexeu apenas em postos do PT, deixando em aberto a substituição dos ministros dos partidos aliados que disputarão as eleições.
Por Reinaldo Azevedo
Durante o ano de disputa eleitoral, dizem esses críticos, a postura mais conciliadora de Helena Chagas, entra em rota de colisão com a linha já definida pela cúpula de campanha.
Com a saída de Helena, ganha força o núcleo de coordenação de comunicação composto pelo marqueteiro João Santana e pelo jornalista Franklin Martins, que ocupava a pasta na gestão Lula.
Publicado às 17h07
BLOG do Camarotti
31/01/2014
às 2:31PT pressiona, Dilma cede e entrega a cabeça de Helena Chagas; substituto é mais afinado com Franklin Martins. “Blogs sujos” esperam agora ter mais dinheiro
Por Luíza Damé, no Globo:
A presidente Dilma Rousseff deu início à reforma ministerial que consolidará o apoio partidário ao projeto da reeleição, mas, por enquanto, mexeu apenas em postos do PT, deixando em aberto a substituição dos ministros dos partidos aliados que disputarão as eleições.
Foram oficializadas nesta quinta-feira mudanças na Casa
Civil, na Educação e na Saúde. Dilma também fará mudança na Secretaria
de Comunicação Social (Secom) para dar uma postura mais agressiva ao
setor no ano eleitoral, como defende o PT.
Essa troca não estava
prevista para este momento, mas a ministra Helena Chagas, surpreendida
pelo vazamento da notícia, entregou a carta de demissão nesta
quinta-feira à tarde. Sua saída foi motivada por pressões do PT e, mais
recentemente, pelo desgaste da falta de transparência com a agenda da
presidente Dilma na polêmica “escala técnica” da comitiva presidencial
em Lisboa, sábado passado.
O
porta-voz da Presidência, Thomas Traumann, vai substituir Helena, mas a
oficialização dessa mudança só deve ocorrer nesta sexta-feira. A
avaliação é que Traumann tem perfil mais agressivo e mais afinado com o
ex-ministro Franklin Martins, que vai coordenar a área de comunicação da
campanha de Dilma.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que já
estava trabalhando no Planalto, foi confirmado na Casa Civil, no lugar
de Gleisi Hoffmann. Pré-candidata ao governo do Paraná, Gleisi
reassumirá sua vaga no Senado. O secretário executivo do MEC, José
Henrique Paim, será o substituto de Mercadante. O secretário de Saúde de
São Bernardo do Campo, Arthur Chioro, assumirá a vaga de Alexandre
Padilha, que deixará a Esplanada para disputar o governo de SP.
A manhã no
Planalto começou agitada. Helena foi surpreendida com a informação de
sua saída do governo, publicada na edição desta quinta-feira do jornal
“Folha de S. Paulo”, e ligou para a presidente. Tão logo chegou ao
Planalto, Dilma chamou Helena ao seu gabinete e negou que tenha
autorizado o vazamento da decisão. Pediu que a ministra não confirmasse a
saída e ficasse no cargo até a formalização da mudança.
A ministra
ficou irritada com o vazamento, e coube a Mercadante apagar o incêndio
no segundo andar do Planalto. Mesmo demissionária, ela cumpriu agenda.
Entre um compromisso e outro, comentou com assessores que foi
deselegante o vazamento da mudança na Secom. A avaliação de setores do
Planalto é que o episódio de Portugal não foi decisivo para a
substituição. Outro grupo, no entanto, considerou-o a gota d’água.
As
polêmicas em torno da viagem a Portugal se deram não só pelo gasto com
hotéis de luxo para mais de 40 pessoas ficarem em Lisboa por menos de 24
horas, mas também pela postura da Presidência de manter em sigilo a
agenda da presidente em Portugal, só tornando-a pública no dia seguinte,
domingo, depois que foi revelada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.
Em
novembro do ano passado, em meio a críticas do PT à sua atuação, Helena
colocou o cargo à disposição. Ela esperava deixar o governo na reforma
ministerial, mas Dilma não lhe confirmou essa decisão. A ministra não
irá para a campanha da presidente e deverá cumprir quarentena, como
prevê a legislação.
Em uma
das reuniões do presidente do PT, Rui Falcão, com a bancada e
integrantes do Diretório Nacional, para discutir saídas para a crise
depois das manifestações de junho, houve um debate sobre pontos fracos
na equipe ministerial, com críticas à comunicação do governo e da
presidente. A reclamação era em relação à pequena margem de
financiamento dos chamados “blogs sujos”, que fazem o enfrentamento com a
mídia tradicional e atacam a oposição.
“A
comunicação do governo é uma porcaria! O governo não tem a estratégia de
comunicação nas redes sociais. O Lula mantinha uma canalização de
recursos para alguns blogs, mas a Dilma cortou tudo”, reclamou naquela
reunião o vice-presidente da Câmara, André Vargas (PR), segundo petistas
presentes.
Na época, Vargas desmentiu as críticas, mas nesta
quinta-feira, diante da notícia da saída de Helena Chagas, disse ao
GLOBO: “Não gosto dela. A Helena foi pro pau! Beleza”.
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