sexta-feira, 28 de março de 2014
Edição
do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Como
a Petrobras é uma empresa controlada pela União, o Presidente da República, sua
diretoria e conselheiros administrativos e fiscais são os responsáveis diretos
por seu sucesso ou fracasso de gestão.
Por isso, o Presidentro Luiz Inácio Lula
da Silva e a Presidenta Dilma Rousseff, junto com o conselho diretor da estatal
de economia mista, têm de responder,
individualmente, na Justiça, por prejuízos gerados por tomadas de
decisão com característica de má gestão ou comprovada corrupção. A regra é
clara – mesmo no Brasil Capimunista da impunidade.
A CPI da Petrobras, que o presidente do Senado, Renan Calheiros,
será obrigado a instalar,
mesmo a contragosto da base de aliança desgovernista, explodirá a complicada
reeleição de Dilma – popular nas pesquisas, porém sem credibilidade perante o
poder econômico mundial, que efetivamente decide o jogo dos negócios privados e
públicos no Brasil.
É cedo para falar de impeachment, mas o risco existe,
porque vale a máxima sobre as Comissões Parlamentares de Inquérito: todos sabem
como começam, mas é difícil saber como terminam, mesmo com a costumeira
impunidade tupiniquim.
O PT já dá sinais de desespero. Ameaça radicalizar na guerra
virtual contra os ataques políticos que lhe serão fatais. Uma ala do partido
também já atua na suicida e burra tática de substituir Dilma por Lula na
corrida ao Palácio do Planalto. O presidentro seria um alvo mais fácil que a
gerentona cujo falsa marketagem de competência desmancha no ar.
Mesmo na remota
chance de ganhar a eleição – na base da fraude eleitoral ou contando com os
votos dos grotões de ignorância e clientelismo -, o
governo do PT já perdeu credibilidade, legitimidade e não tem mais
governabilidade para seguir em frente.
Se a CPI não sair, a Petrobras será alvo de ações judiciais aqui
dentro e lá fora.
O Ministério Público Federal será forçado pelas evidências a abrir inquéritos
para investigar a má gestão ou os efeitos da dolosa ou culposa corrupção em
vários negócios e parcerias da estatal de economia mista.
A Comissão de Valores
Mobiliários – que é, mas não deveria ser, um órgão do Ministério da Fazenda -
terá de agir conforme a legalidade, como xerife do mercado de capitais e não na
base da politicagem, com desculpa esfarrapada supostamente técnica, para
encobrir os desmandos na Petrobras fartamente denunciados por investidores.
Independentemente
do que fizeram (ou não), aqui dentro, o MPF e a CVM, investidores
da Petrobras já cansavam de avisar que preparam ações judiciais na Corte de
Nova York – na bolsa de cuja cidade a Petrobras negocia ações. Nos EUA,
a Security and Exchange Comission, entidade independente de governo, costuma
agir com mais rigor contra abusos e atos lesivos aos investimentos no mercado
de capitais.
Denunciados lá fora, individualmente, dirigentes e conselheiros da
Petrobras correm sério risco de sanções duras e multas pesadas, em caso de
condenação (o que é nada difícil de acontecer, diante de tanto escândalos com
evidências e provas materiais em fartura).
Literalmente,
a petralhada e seus aliados políticos e de negociatas cometeu o assassinato da
galinha dos ovos de ouro negro. Os dirigentes do governo e da empresa terão de
acertar contas, na Justiça daqui ou de Nova York, pelas consequências da
incomPTência e da delinquência.
A tese é simples: quem manda na Petrobras é o
Presidente ou Presidenta da República. Não deveria ser, mas é, no capimunismo
tupiniquim. Assim, quem manda responde pelos atos. E PT,
saudações...
Nas coxas
O
Globo teve acesso a documentos internos da Petrobras confirmando que o processo
de compra da refinaria de Pasadena envolveu um prazo “muito curto” de due
diligence — espécie de auditoria considerada um dos passos essenciais em
processos de fusões e aquisições, na qual são avaliadas questões jurídicas,
financeiras e operacionais.
O
documento confidencial, datado de 31 de janeiro de 2006, revela que ao todo, o
processo de compra levou cerca de 20 dias – quando especialistas ressaltam que
essa etapa de análise de informações de uma empresa consome, em média, de dois
a três meses.
Após
a coleta de documentos e reuniões com diretores financeiros da Astra entre os
dias 11 e 25 de novembro de 2005, a estatal teve de fazer nova avaliação em
apenas cinco dias.
A
consultoria contratada pela Petrobras na ocasião, a BDO Seidman, de Los
Angeles, nos EUA, chegou a recomendar que, em razão do “tempo limitado”, a
estatal deveria buscar sua própria avaliação de dados.
Mangueira do Lava Jato
Curiosamente,
batizada de Projeto Mangueira, a compra da refinaria envolveu a reorganização
de cinco afiliadas da Astra Trading.
Como
todo mundo sabe que, em uma empresa de Lava Jato sempre se tem uma boa
mangueira, tudo caminha para um final infeliz.
Releia:
PT deseja Paulo Costa como bode expiatório, isolando-o do governo, da Petrobras
e da Odebrecht
http://www.alertatotal.net/2014/03/pt-deseja-paulo-costa-como-bode.html
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