Em entrevista ao Wall Street Journal, ministro admitiu a hipótese de uma campanha de eficiência energética para encorajar a população a reduzir o consumo
Brasilia - Ao contrário dos últimos meses, em que garantia zero risco de faltar energia no País, o ministro de Minas e Energia,
Edison Lobão, mudou o discurso.
Em entrevista ao Wall Street Journal, ele admitiu, pela primeira vez, a hipótese de o governo lançar uma campanha de eficiência energética para encorajar a população a reduzir, voluntariamente, o consumo de energia elétrica. A medida pode ajudar a garantir que não exista quaisquer cortes de energia durante a Copa do Mundo.
Segundo ele, se as chuvas não aumentarem em abril ou maio, os
reservatórios das hidrelétricas podem ficar comprometidos. O ministro
disse que não deve haver nenhum racionamento de energia, o que poderia
ser um dor de cabeça para a presidente Dilma Rousseff em um ano em que o
Brasil sedia a Copa do Mundo e ela se prepara para a campanha de
reeleição.
"Não estamos trabalhando com a hipótese de racionamento de energia", disse Lobão. "Temos a convicção de que isso não será necessário."
No final do mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, em 2001, o governo foi obrigado a decretar um racionamento de energia por causa do baixo nível dos reservatórios.
O programa previa multa aos clientes que não cumprissem a meta de redução de consumo - uma medida que foi bastante impopular. "Não estamos planejando cobrar mais das pessoas que não economizarem energia", disse Lobão. "Não vamos repetir o que ocorreu em 2001."
Para evitar problemas durante os jogos do mundial, o governo instalou duas subestações de energia elétrica em cada um dos 12 estádios que receberão os jogos, informou Lobão, destacando que não há risco de apagões durante o torneio.
O ministro disse ainda que a demanda de energia não deve atingir picos durante a Copa do Mundo porque empresas e fábricas devem paralisar suas atividades nos horários dos jogos.
Alguns analistas sugerem que o governo está atrasado e que deveria tomar medidas mais cedo, em vez de esperar por abril ou maio. Lobão disse, no entanto, que o governo não quer começar um programa de eficiência energética até que seja absolutamente necessário, para evitar a propagação do medo de escassez real de energia.
Agir agora "poderia ser entendido como o despertar do racionamento", disse o ministro.
Lobão afirmou também que o governo optou por não elevar os preços da energia neste ano porque não se sabe quanto de dinheiro extra será necessário para cobrir os custos da ligação das térmicas. O ministro negou que a decisão de não ajustar as contas teve caráter político e disse que os valores terão de subir em 2015.
Em entrevista ao Wall Street Journal, ele admitiu, pela primeira vez, a hipótese de o governo lançar uma campanha de eficiência energética para encorajar a população a reduzir, voluntariamente, o consumo de energia elétrica. A medida pode ajudar a garantir que não exista quaisquer cortes de energia durante a Copa do Mundo.
Leia Mais
- 28/03/2014 | Duke Energy aprova emissão de até R$479 mi em debêntures
- 28/03/2014 | Leilão de usina Três Irmãos ocorre nesta sexta
- 28/03/2014 | Portaria determina indenização da Cesp por Três Irmãos
- 27/03/2014 | Petrobras bate recorde de gás entregue ao mercado
"Não estamos trabalhando com a hipótese de racionamento de energia", disse Lobão. "Temos a convicção de que isso não será necessário."
No final do mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, em 2001, o governo foi obrigado a decretar um racionamento de energia por causa do baixo nível dos reservatórios.
O programa previa multa aos clientes que não cumprissem a meta de redução de consumo - uma medida que foi bastante impopular. "Não estamos planejando cobrar mais das pessoas que não economizarem energia", disse Lobão. "Não vamos repetir o que ocorreu em 2001."
O Brasil enfrenta uma das secas mais severas em décadas e alguns
analistas acreditam que é grande a chance de um racionamento neste ano,
talvez até mesmo nos meses de junho e julho, quando ocorre a Copa do
Mundo.
Para evitar problemas durante os jogos do mundial, o governo instalou duas subestações de energia elétrica em cada um dos 12 estádios que receberão os jogos, informou Lobão, destacando que não há risco de apagões durante o torneio.
O ministro disse ainda que a demanda de energia não deve atingir picos durante a Copa do Mundo porque empresas e fábricas devem paralisar suas atividades nos horários dos jogos.
Alguns analistas sugerem que o governo está atrasado e que deveria tomar medidas mais cedo, em vez de esperar por abril ou maio. Lobão disse, no entanto, que o governo não quer começar um programa de eficiência energética até que seja absolutamente necessário, para evitar a propagação do medo de escassez real de energia.
Agir agora "poderia ser entendido como o despertar do racionamento", disse o ministro.
Lobão afirmou também que o governo optou por não elevar os preços da energia neste ano porque não se sabe quanto de dinheiro extra será necessário para cobrir os custos da ligação das térmicas. O ministro negou que a decisão de não ajustar as contas teve caráter político e disse que os valores terão de subir em 2015.
Nenhum comentário:
Postar um comentário