Quinta-feira, março 27, 2014 Blog Aluizio Amorim
Por Nilson Borges Filho (*)
Os
índices de aprovação do governo da presidente Dilma Rousseff descem
ladeira abaixo, hoje na casa dos 36%.
A pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria ao IBOPE mostra uma tendência de queda desde dezembro de 2013. Como o levantamento do instituto de pesquisa foi realizado entre os dias 14 e 17 de março, entende-se que o escândalo na Petrobras ainda não repercutiu na queda de aprovação do governo.
A pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria ao IBOPE mostra uma tendência de queda desde dezembro de 2013. Como o levantamento do instituto de pesquisa foi realizado entre os dias 14 e 17 de março, entende-se que o escândalo na Petrobras ainda não repercutiu na queda de aprovação do governo.
Portanto,
dependendo do que for apurado pela Comissão Parlamentar de Inquérito a
ser instalada na próxima semana no Congresso Nacional, o prestígio da
presidente vai chegar a números preocupantes. Outubro está logo aí e não
há muito o que fazer pelos governantes.
O que chama a atenção na pesquisa CNI/Ibope é que 71% dos entrevistados desaprovam a forma como Dilma Rousseff e seu governo vêm atuando no combate à inflação.
É justamente nesse quesito que mora o perigo.
O que chama a atenção na pesquisa CNI/Ibope é que 71% dos entrevistados desaprovam a forma como Dilma Rousseff e seu governo vêm atuando no combate à inflação.
É justamente nesse quesito que mora o perigo.
E
sabe-se que não tem bolsa-família que possa dar jeito no humor do
eleitor com o atual cenário.
O bolso fala mais alto, quando fica muito claro ao consumidor, principalmente os de baixa renda, que produtos estão sendo remarcados nas gôndolas dos supermercados.
O bolso fala mais alto, quando fica muito claro ao consumidor, principalmente os de baixa renda, que produtos estão sendo remarcados nas gôndolas dos supermercados.
O
modelo econômico de fartura, inaugurado por Lula nos seus dois mandatos,
esgotou-se e dá os últimos suspiros de vida saudável, tanto para
produtores como para os consumidores.
Inflação sem controle, juros altos e uma carga tributária obscena são indicadores precisos de que o Brasil baixará à UTI mais cedo do que avaliava o governo federal alguns meses atrás.
Inflação sem controle, juros altos e uma carga tributária obscena são indicadores precisos de que o Brasil baixará à UTI mais cedo do que avaliava o governo federal alguns meses atrás.
Acendeu
a luz amarela na coordenação de campanha da presidente Dilma e a mudez
de Lula é prova insofismável de que o ex-presidente possa entrar no jogo
eleitoral.
Apesar
de afirmar que a candidata em 2014 é Dilma, o “volta Lula” é uma
realidade na cúpula petista, que até hoje não engole o pseudo-estilo
gerentona da presidente. E é o que Lula mais deseja, a volta ao poder
com um discurso tosco de que “no meu tempo o povo vivia melhor”.
Lula
é primário, despreparado e rasteiro em análise de conjuntura, mas fala a
linguagem dos botocudos e dos que vivem às expensas do contribuinte com
o dinheiro do programa bolsa-família. Nesta quinta-feira as ações da
bolsa de valores deram sinais positivos e o dólar caiu perante o real.
O motivo? A queda de aprovação do governo Dilma e a possível alternância na cadeira da presidência, seja com Aécio Neves, seja com Eduardo Campos. O mercado deu o seu recado para o bom entendedor: quer mudanças já.
O motivo? A queda de aprovação do governo Dilma e a possível alternância na cadeira da presidência, seja com Aécio Neves, seja com Eduardo Campos. O mercado deu o seu recado para o bom entendedor: quer mudanças já.
Mesmo
empresários neopetistas estão sem paciência com Dilma e torcem o nariz
para mais quatro anos de lulopetismo.
O
ex-presidente sabe que o fio foi desencapado no seu governo e que as
denúncias de malversação do dinheiro público cairão no seu colo. Mais
uma vez Lula e Dilma ficarão nas mãos da base alugada e do seu principal
“aliado”, o PMDB.
Os
senadores Renan Calheiros e José Sarney, homens públicos acima de
qualquer suspeita, estão rindo à toa.
O balcão de negócios do Palácio
Planalto será reaberto e vai rolar liberação de emendas, aumentando a
inflação e levando os juros às alturas. As urnas darão a resposta
devida em outubro próximo.
(*)Nilson Borges Filho é mestre, doutor e pós-doutor em direito e articulista colaborador deste blog.
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