sexta-feira, 28 de março de 2014
Na manhã desta sexta-feira, foi
instalada uma cerca na frente do prédio onde funcionará o comitê da campanha
reeleitoral da presidente Dilma Rousseff, em Brasília. Além de restringir a
passagem de pedestres, o equipamento impedirá que mendigos durmam sob a
marquise do edifício – fato corriqueiro no local nos últimos anos.
“Foi um pedido do pessoal do PT e
do dono do prédio”, explicou um funcionário. Na parte térrea do prédio, onde
estão as grades, irão funcionar doze salas para abrigar parte do staff da
campanha. O PT também alugou o primeiro andar do prédio. No total, o partido
vai usar 1.800 m² e terá direito a catorze vagas na garagem.
Tombada como patrimônio mundial
da humanidade, Brasília mantém regras rigorosas para intervenções urbanísticas
como a colocação de cercas no pilotis de prédios. Nos edifícios residenciais, o
cercamento é proibido. Já para os edifícios comerciais pode haver autorizações
específicas.
Para o ex-superintendente do
Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan-DF), o arquiteto
Alfredo Gastal, a cerca colocada no comitê do PT fere a legislação. “A meu
juízo, é irregular. A não ser que tenha havido alguma autorização”, diz.
Segundo a assessoria de imprensa
da Administração de Brasília, até então não havia existência de nenhuma
autorização para construção de cerca no edifício onde funcionará o comitê de
Dilma. O órgão ressaltou ainda que a intervenção deverá ser vetada pela Agência
de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis).
Oficialmente, a campanha
presidencial só começa em julho. No entanto, equipes de comunicação já
começaram a trabalhar e ficarão nas salas do novo comitê. O PT alugou o imóvel
no começo deste mês. A sigla irá pagar cerca de 135.000 reais mensais pelo uso
das salas.
Procurada por VEJA, a assessoria
de imprensa do PT não quis se manifestar sobre as obras no comitê da campanha
reeleitoral de Dilma. Em 2010, o principal comitê da candidata petista
funcionou no Setor Comercial Sul, onde também fica localizado o Diretório
Nacional do partido. (Veja)
Nenhum comentário:
Postar um comentário