As
notícias que chegavam da Europa eram recebidas nos Estados Unidos com
imensa revolta e apreensão. Karl Marx havia lançado (1848) o Manifesto
do Partido Comunista e escrevia artigos violentíssimos nos jornais
alemães e franceses – o que causou sua expulsão destes dois países. Marx
insurgia-se contra o feudalismo (distribuição de terras entre amigos),
frisando: “Quem trabalha, não lucra: quem lucra, não trabalha”. Foi o
primeiro a falar em direitos trabalhistas.
A
Comuna de Paris (1871) foi esmagada em 72 dias, mas ficou conhecida
como ‘A Alvorada de Março’, pela sua contundente luta contra o
feudalismo. “O poder do estado, que parecia planar bem acima da
sociedade, era, todavia, ele próprio, o maior escândalo desta sociedade
e, ao mesmo tempo, o foco de todas as corrupções”.
Naquela
ocasião (século 19), os trabalhadores lidavam com objetos cortantes
como lâminas, facas e serras sem qualquer treinamento ou proteção, o que
causava mortes e/ou mutilações. A jornada diária de trabalho era de 16
(dezesseis) horas, sendo que o que era considerado quase que unicamente
era a tarefa em si – que deveria ser concluída mesmo se o operário
estivesse cansado ou doente. Não raro, os supervisores açoitavam os
operários, cobrando deles energias que já não tinham.
Em
01 de maio de 1886 realizou-se uma manifestação de trabalhadores nas
ruas de Chicago/Estados Unidos, cuja finalidade era obter a redução da
jornada diária de trabalho de 16 para 8 horas. Enfrentaram a polícia e
oito morreram.
MORTES DE LADO A LADO
No
dia 03 de maio, nova manifestação, com mais mortes. Dia seguinte …
outra manifestação como protesto. Mortes de lado a lado! Os
trabalhadores estavam lutando!
Três
anos mais tarde, em 20 de junho, a Segunda Internacional Socialista, em
Paris, reuniu-se e decidiu convocar anualmente seus integrantes para
novas manifestações com o objetivo de prosseguir lutando pela redução da
jornada diária de trabalho.
A
data escolhida foi o Primeiro de Maio, como homenagem às lutas de
Chicago, que resultou na morte por enforcamento de oito líderes
trabalhistas norte-americanos naquele dia de 1886.
Vale
registrar que nos Estados Unidos o Primeiro de Maio não é comemorado
como o Dia do Trabalhador, preferem a primeira segunda-feira de
setembro, desde 1894.
“É melhor assim, pois emendamos o fim de semana para fazer ‘picnics’, é a justificativa.
Viva o Trabalhador! O pilar maior, a razão de ser de todas as sociedades!
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