quinta-feira, 1 de maio de 2014

Em meio aos trabalhadores, Aécio Neves denuncia que mesmo com 10% de aumento a Bolsa Família não tira ninguém da linha de pobreza.




O senador Aécio Neves (PSDB), pré-candidato à Presidência da República, criticou nesta quinta-feira (1º) o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff sobre a correção da tabela do IR e reajuste no Bolsa Família. Ele também fez críticas à condução da Petrobrás. "A presidente da Republica protagonizou ontem um momento patético da vida publica brasileira", disse. Aécio deu as declarações ao chegar às celebrações de 1º de Maio na Praça Campo de Bagatelle, na Zona Norte de São Paulo.

"Ela utilizou um instrumento do estado, que é a cadeia de rádio e televisão para fazer proselitismo político, para atacar adversários. As medidas que ela anuncia vem na direção daquilo que nós propomos há muito tempo", disse.

Aécio destacou medidas propostas por seu partido e pelo Solidariedade, em contraposição ao que é executado pelo governo federal. "O PSDB e o Solidariedade protocolaram no inicio desta semana uma proposta que garante o reajuste real do salário mínimo. No momento em que ela fala do reajuste da tabela do imposto de renda, uma outra demanda nossa, nós temos uma proposta transitando na Câmara dos Deputados, ela omite os números", disse.

"O reajuste de 4,5% não atende a inflação de 6,5% que deveria atender e a presidente infelizmente mente aos brasileiros no momento em que diz que o reajuste de 10% do bolsa família atende aquele patamar mínimo estabelecido pela ONU de 1.25 dólares por dia, uma renda mínima para ficar acima da linha da pobreza", disse.

Depois, em seu discurso, o senador manteve as críticas e apontou a ausência de Dilma no evento. Aécio foi apresentado ao público pelo deputado Paulinho da Força (Solidariedade), que afirmou ter convidado todos os pré-candidatos à Presidência da República a participar do evento. "Quem tem coragem vem aqui, quem não tem manda representante", disse Paulinho da Força.

O senador mineiro aproveitou seu discurso para criticar Dilma pelas denúncias envolvendo a Petrobrás. "Na verdade, o que nós estamos assistindo é a presidente que acha que a crise da Petrobrás é responsabilidade da oposição e não daqueles que a transformaram em um grande balcão de negócios suspeitos", afirmou no palco do evento.

"Infelizmente, a presidente fala em dialogar com os trabalhadores e não a vejo, não tenho noticia dela em qualquer evento dos trabalhadores. Acho sim que é uma presidente que está acuada pelas pressões internas e infelizmente pelos atos do seu governo que levaram ao recrudescimento da inflação, isso sim perverso para a classe trabalhadora", disse. (G1)
 

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