Dilma tocou em assuntos que estão provocando desgaste ao governo, como inflação, corrupção e situação da Petrobras, e ainda anunciou algumas “bondades” e outras promessas: o reajuste do benefício do Bolsa Família em 10%, o reajuste da tabela do Imposto de Renda, que só entrará em vigor no ano que vem, e ainda a promessa de manutenção da política de valorização do salário mínimo.
Ao longo do dia, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloísio Mercadante, recomendou a aliados que assistissem ao pronunciamento de Dilma que estava sendo avaliado dentro do governo como uma iniciativa que poderia reverter a maré de más notícias do governo, em particular dentro da base.
No pronunciamento em rede nacional de televisão, Dilma se apresentou como “o governo da mudança”, neste momento em que as pesquisas mostram que mais de 70% da população querem mudanças no comando do país. Dilma afirmou: “Vamos continuar fazendo todas as mudanças que forem necessárias para melhorar a vida dos brasileiros, especialmente dos mais pobres e da classe média”.
O pronunciamento foi construído como uma resposta aos problemas que estão afetando a popularidade da presidente. Dilma fez uma forte defesa da Petrobras, disse que não ouvirá calada críticas com objetivos políticos e prometeu combater a corrupção. E com frases fortes para associar o governo aos trabalhadores.
"Nosso governo não será o governo do arrocho salarial e da mão dura contra o trabalhador", disse a presidente que aproveitou para dar estocadas em adversários. Sem citar nomes, afirmou: "Algumas pessoas reclamam que o nosso salário-mínimo tem crescido mais do que devia. Para eles, um salário-mínimo melhor não significa mais bem-estar para o trabalhador e sua família, dizem que a valorização do salário-mínimo é um erro do governo e, por isso, defendem a adoção de medidas duras, sempre contra os trabalhadores".
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