Em Brasília
O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou nota nesta quinta-feira
(1º), feriado do Dia do Trabalho, contra a declaração da presidente
Dilma Rousseff de que os médicos cubanos são mais requisitados pelos
prefeitos por serem mais atenciosos que os profissionais formados no
Brasil.
"Tal afirmação representa mais uma agressão direta e gratuita aos 400 mil profissionais que têm se empenhado diuturnamente no suporte às políticas de saúde e no atendimento à população nas redes públicas e privada", diz trecho da carta aberta à presidente.
Em jantar com jornalistas esportivos em razão da Copa do Mundo, na segunda-feira (28), a presidente elogiou o tratamento dos profissionais cubanos do programa Mais Médicos, definindo-o como mais "humano". "O padrão de atendimento dos cubanos é melhor que o nosso", afirmou Dilma, em relação ao tratamento inicial oferecido aos pacientes pelos médicos brasileiros nos serviços públicos de saúde. Segundo ela, ao todo são 14 mil médicos cubanos trabalhando no País.
Em oposição, o CFM afirma no documento que a medicina brasileira está entre as melhores do mundo, embora o sistema público esteja em crise. "Seus representantes são referência internacional no diagnóstico e no tratamento de doenças e, apesar da ausência de estímulos do Estado e das parcas condições de trabalho, agem como heróis em postos de saúde, em ambulatórios e nos hospitais e prontos-socorros, constantemente abarrotados por cidadãos com dificuldade de acesso à assistência", afirma. Sobre o SUS, a entidade diz que sucessivos relatórios e levantamentos (nacionais e internacionais) apontam "um cenário de guerra", no qual médicos e pacientes são vítimas.
A entidade aproveita a carta para repetir os mesmos pedidos: aumento de investimentos em saúde, modernização da gestão do setor e criação de uma carreira pública para os médicos e outros profissionais do SUS. "Apenas acompanhamos pela TV o anúncio de um programa de importação de profissionais que está longe de resolver de forma estruturante o caos da saúde", critica.
"Tal afirmação representa mais uma agressão direta e gratuita aos 400 mil profissionais que têm se empenhado diuturnamente no suporte às políticas de saúde e no atendimento à população nas redes públicas e privada", diz trecho da carta aberta à presidente.
1º.abr.2014
- O Ministério da Saúde lança o quinto edital do programa Mais Médicos,
em Brasília. Apesar de já ter alcançado 100% da meta, ainda há 310
municípios que estão em situação de vulnerabilidade e seus prefeitos
poderão ter uma nova chance de solicitar profissionais. "Conselhos
médicos, prefeitos e governadores vinham solicitando ao Ministério da
Saúde e ao governo que apreciassem duas situações extremamente
importantes.
Há um contingente importante de municípios que não fizeram
adesão ao programa inicialmente, por vários motivos. Era uma época de
transição política e alguns não tiveram coragem de engrenar o debate",
declarou o Ministro da Saúde Arthur Chioro, que acrescentou que o
programa atendeu à demanda de municípios de todos os partidos "porque
partido político nunca foi critério do programa" Leia mais Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Em jantar com jornalistas esportivos em razão da Copa do Mundo, na segunda-feira (28), a presidente elogiou o tratamento dos profissionais cubanos do programa Mais Médicos, definindo-o como mais "humano". "O padrão de atendimento dos cubanos é melhor que o nosso", afirmou Dilma, em relação ao tratamento inicial oferecido aos pacientes pelos médicos brasileiros nos serviços públicos de saúde. Segundo ela, ao todo são 14 mil médicos cubanos trabalhando no País.
Em oposição, o CFM afirma no documento que a medicina brasileira está entre as melhores do mundo, embora o sistema público esteja em crise. "Seus representantes são referência internacional no diagnóstico e no tratamento de doenças e, apesar da ausência de estímulos do Estado e das parcas condições de trabalho, agem como heróis em postos de saúde, em ambulatórios e nos hospitais e prontos-socorros, constantemente abarrotados por cidadãos com dificuldade de acesso à assistência", afirma. Sobre o SUS, a entidade diz que sucessivos relatórios e levantamentos (nacionais e internacionais) apontam "um cenário de guerra", no qual médicos e pacientes são vítimas.
A entidade aproveita a carta para repetir os mesmos pedidos: aumento de investimentos em saúde, modernização da gestão do setor e criação de uma carreira pública para os médicos e outros profissionais do SUS. "Apenas acompanhamos pela TV o anúncio de um programa de importação de profissionais que está longe de resolver de forma estruturante o caos da saúde", critica.
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