quinta-feira, 1 de maio de 2014

Pesquisas do PT indicam Dilma com 33% e presidente convoca cadeia nacional para fazer propaganda eleitoral criminosa.



A oposição sinalizou na noite desta quarta-feira (30) que vai entrar com representação na Justiça Eleitoral contra a presidente Dilma Rousseff por propaganda política antecipada. Líderes do PSDB, do PSB e do DEM classificaram o "pacote de bondades" e a defesa da Petrobras apresentados pela petista em pronunciamento pelo 1º de Maio, em cadeia de rádio e televisão, como plataforma para a campanha nas eleições de outubro. Entre as medidas estão reajuste de 10% no Bolsa Família e correção na tabela do Imposto de Renda.

Para o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), o PT está privatizando e transformando em horário eleitoral os pronunciamentos oficiais da Presidência. "O PT está privatizando os pronunciamentos e utilizando recursos públicos a favor de sua candidata. É o vale tudo eleitoral", disse.

Um dos principais interlocutores do presidenciável Eduardo Campos (PSB-PE), o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS), afirmou que a pauta apresentada por Dilma é uma antiga reivindicação da sociedade e que neste momento cheira a "lorota eleitoral". "As contas públicas desequilibradas do jeito que estão e a presidente fala neste momento nessa pauta só pode cheirar a lorota eleitoral. Essa agenda é uma antiga reivindicação da sociedade, mas é uma pena que o governo tenha caído nas pesquisas para ser tocado o que deixa em véspera de eleições todos nos perplexos porque está cheirando mais a interesse eleitoral", afirmou.

"O governo está muito preocupado com a queda da popularidade da presidente, isso os levou ao desespero e uso da máquina em seu favor", reforçou o líder do PSB, senador Rodrigo Rollemberg (DF).

Para o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), o PT tem repetido a estratégia de usar os pronunciamentos para fazer campanha antecipada, mas isso não tem surtido efeito. Ele afirmou que Dilma recorreu a esse mecanismo para anunciar a redução da tarifa de energia e dos juros, que também são vitrines eleitorais, mas que não se concretizaram. "Ela tem usado muito isso, afrontando a legislação eleitoral, mas isso não tem produzido resultado até porque a população percebe que as medidas não se concretizam.

Em nota, o pré-candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, disse que o pronunciamento de Dilma mostra "o desespero de um governo acossado por sucessivas denúncias de corrupção e uma presidente da República fragilizada pelo boicote da sua própria base, protagonizando um dos mais patéticos episódios já vistos na política brasileira." Aécio diz ser lamentável que a presidente use a TV para "fazer campanha política e atacar os adversários".

"Certamente orientada por seu marqueteiro, a presidente tenta, como se fosse possível, encarnar o atual sentimento de mudança existente no país. Ela ainda não percebeu, mas perceberá, que a mudança pela qual clamam mais de 70% da população brasileira não inclui a sua permanência no poder."


Presidente do DEM, o senador José Agripino Maia (RN) disse que Dilma deve responder judicialmente pela prática de campanha eleitoral antecipada. "Os partidos não hesitarão em entrar com uma ação judicial. São atitudes típicas de caráter eleitoreiro, de eficácia inexistente a essa altura do campeonato para um governo que peca na falta de credibilidade da palavra", disse. (Folha Poder)

O pronunciamento de Aécio Neves sobre o uso criminoso da máquina pública por parte da Presidente Dilma Rousseff

O pronunciamento presidencial que foi ao ar nesta quarta-feira, em cadeia de rádio e TV, representa o desespero de um governo acossado por sucessivas denúncias de corrupção e uma presidente da República fragilizada pelo boicote da sua própria base, protagonizando um dos mais patéticos episódios já vistos na política brasileira.

É lamentável que a primeira mandatária do país abdique, uma vez mais, da necessária compostura que deveria ter ao utilizar um instrumento de Estado, como a cadeia de rádio e televisão, para fazer campanha política e atacar os adversários.

Dilma Rousseff fala de um país que não é o nosso, onde a inflação é obra do acaso e não dos desacertos do seu governo. Da mesma forma, debita a perda de credibilidade da Petrobras à fiscalização e cobranças das oposições e não como resultado da ação daqueles que transformaram a maior empresa brasileira em um balcão de negócios, sob grave suspeição.

Certamente orientada por seu marqueteiro, a presidente tenta, como se fosse possível, encarnar o atual sentimento de mudança existente no País. Ela ainda não percebeu, mas perceberá, que a mudança pela qual clamam mais de 70% da população brasileira não inclui a sua permanência no poder.
 

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