quinta-feira, 1 de maio de 2014

PGR ajudará advogado italiano que defenderá Brasil no caso Pizzolato

  30/04/2014 22h35

Informação é do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.


Governo quer extradição de ex-diretor do BB condenado por mensalão.

Mariana Oliveira Do G1, em Brasília

Pizzolato em foto feito pela polícia italiana após sua prisão nesta quarta (Foto: Divulgação/Polícia de Modena) 
Henrique Pizzolato em foto feito pela polícia italiana
após sua prisão 
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, informou nesta quarta-feira (30) que o Ministério Público brasileiro se unirá ao advogado italiano que o governo do Brasil vai contratar para defender o retorno do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensalão do PT.

No ano passado, depois de ser condenado a 12 anos e 7 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Pizzolato fugiu para Itália e foi preso no dia 5 de fevereiro por uso de documento falso.

O governo brasileiro, então, pediu ao governo italiano a extradição para que o ex-diretor do BB cumpra pena no Brasil pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.
O Ministério Público da Itália se manifestou a favor da extradição, mas a decisão final será do Tribunal de Bologna, responsável pela análise do pedido de extradição.

De acordo com Janot, o pedido para contratação de um advogado italiano partiu do Ministério Público brasileiro.

"A pedido do Ministério Público, a Advocacia Geral da União está contratando ou já contratou um advogado na Itália para acompanhar o processo. Assim que houver a contratação o Ministério Público vai se reunir para estabelecer uma estratégia", disse Janot na manhã desta quarta em evento na Procuradoria sobre a situação dos lixões brasileiros.

A defesa do ex-diretor do Banco do Brasil argumentou ao tribunal italiano que os presídios brasileiros não tinham condições dignas.

Por decisão da Corte de Bologna, Janot pediu ao Supremo e ao Ministério da Justiça indicações de penitenciárias brasileiras que respeitam os direitos humanos e ainda não recebeu resposta. Depois disso, encaminhará os dados para o Tribunal de Bologna, que dará prosseguimento ao processo.


O processo de extradição de Pizzolato é polêmico porque ele tem dupla cidadania (brasileira e italiana) e, por isso, o governo italiano pode se recusar a extraditá-lo.

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