Aécio Neves com alguns membros da equipe do plano de governo.
O candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB)
classificou o apoio do PSB à reeleição do governador de SP, Geraldo Alckmin
(PSDB), como algo "natural" e sem influência no planejamento de sua
campanha. Nesta quinta-feira (19), Alckmin decidiu que será do PSB a
vaga de vice em sua chapa na disputa à reeleição. O acordo dá visibilidade a
Eduardo Campos, pré-candidato à Presidência pelo PSB.
"Tenho conversado com Geraldo quase que diariamente.
Sempre disse a ele que, de minha parte, haveria total compreensão e até
estímulo para que PSB participasse de sua eleição", disse Aécio. "Não
há problema nenhum nisso. É natural, não altera em nada as perspectivas que
temos para a eleição no Brasil".
Entre aliados tucanos prevalece a percepção de que a aliança
poderia fragilizar a candidatura nacional do PSDB. Aécio, no entanto,
argumentou que com Alckmin fortalecido "a candidatura do PSDB à
Presidência da República também estará fortalecida". Disse estar confiante
no envolvimento do PSDB de São Paulo em torno de sua candidatura.
"Gostaria de ter em todos os Estados brasileiros o
conforto e a força que temos em São Paulo. Temos um governador altamente
avaliado, um partido estruturado em todo o Estado, além de lideranças como
Fernando Henrique e José Serra. Ninguém tem situação mais privilegiada do que
nós em São Paulo", acrescentou Aécio.
CAMPANHA
Na manhã desta sexta-feira (20), o candidato tucano se
reuniu na zona sul do Rio com os colaboradores escolhidos para integrar sua
campanha. Ele apresentou seis coordenadores que vão ajudar a formular seu
programa de governo nesta campanha eleitoral.
O poeta e jornalista Afonso Romano de Sant'Anna, que
presidiu a Fundação Biblioteca Nacional de 1990 a 1996, ficará responsável pela
área da cultura. Para "políticas sociais" foi escolhida Maria do
Carmo Brant, doutora em Serviço Social pela PUC-SP e que foi, de 2000 a 2010,
superintendente do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação
Comunitária (Cenpec).
Como antecipado pela Folha, o sociólogo Cláudio Beato, que
chefiou o Instituto de Criminologia da UFMG, coordenará a área de segurança
pública, assim como a ex-secretária de Educação da gestão Serra em São Paulo,
Maria Helena de Castro, que coordenará a área de mesmo nome.
O coordenador do grupo AfroReggae, José Júnior, ficará com a
área denominada juventude. O deputado constituinte e primeiro presidente do
instituto SOS Mata Atlântica, Fábio Feldman, cuidará de meio ambiente e
sustentabilidade.
A fórmula criada por Aécio para passar credibilidade na
formulação de seu programa de governo para a disputa presidencial prevê a
mistura de nomes alinhados ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ao
próprio Aécio e aos paulistas Geraldo Alckmin e José Serra.
Ainda que tenha apresentado apenas um nome como referência
em seis áreas estratégicas, a ideia da campanha é que as estruturas sejam
descentralizadas para evitar que existam especulações sobre ministeriáveis e
também uma ligação direta à campanha de opiniões pessoais emitidas por seus
colaboradores. (Folha Poder)
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