Eu detestava aquela seleção de Parreira e Zagallo! Ver Mazinho,
Mauro Silva, Dunga e Zinho no meio de campo era dose para elefante! Um bando de
enceradeiras que roubavam a bola e depois ficavam rodando sem saber o que fazer
com ela. Sem contar com Raí, que no final acabou sendo barrado e com Taffarel,
um frangueiro.
Fazer o quê? Apesar de Romário e Bebeto empolgarem de vez em
quando, eu nutria um ódio mortal daquela “Era Dunga”, um emérito botineiro,
apenas esforçado.
Na final, nos pênaltis, eu tive que me retirar do recinto
onde a família da minha mulher - gente pra dedéu - assistia o jogo, sob pena de
ser espancado, tal era a minha torcida contra, não exatamente por causa da
Itália, mas, simplesmente, contra a seleção do Parreira.
Infelizmente naquela Copa o único que venceu foi o futebol
medíocre. Aliás nem sequer venceu: empatou. Pênalti ou cara-e-coroa dá no
mesmo. Dois times medíocres que chegaram a uma final passando por outros não
menos não poderiam almejar outro resultado que não fosse um insípido e indigno
zero a zero. E o coitado do Baggio não teve a culpa maior que lhe atribuíram, apesar
de protagonizar o gran finale da opera bufa que foi a Copa, mandando a bola na
arquibancada - Baresi e Massaro, da Itália, também perderam seu pênaltis, mas
foram estranhamente esquecidos.
De lá para cá, para ser sincero, assisti os jogos do Brasil
nas Copas seguintes, mas não me lembro de nada, nem de um gol, nem de um
lancezinho qualquer.
Hoje e nesta Copa, em tempos das “faltas táticas”
preconizadas por Felipão, vou torcer por futebol, mas acho difícil, mesmo
porque, um dos únicos credenciados a jogar futebol, Neimar, vai estar mais
visado que cabeça de careca na arquibancada. Só torço para ele não levar um pau
definitivo.
O Brasil não
pode se dar ao luxo de apresentar mediocridade, pelo menos no futebol,
exatamente o que tem de melhor. Talvez hoje seja a única coisa que pode
mostrar de bom.
Meu palpite: 2 a 2, na bacia das almas. Ninguém merece Julio
Cesar, Luiz Gustavo, Ramires e as vacas bravas dos dois laterais, Daniel e
Marcelo, que se despencam ao ataque e deixam avenidas nas costas.
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