sábado, 21 de junho de 2014

Torcer contra? Fiz isso em 94 e o Brasil foi campeão!


Eu detestava aquela seleção de Parreira e Zagallo! Ver Mazinho, Mauro Silva, Dunga e Zinho no meio de campo era dose para elefante! Um bando de enceradeiras que roubavam a bola e depois ficavam rodando sem saber o que fazer com ela. Sem contar com Raí, que no final acabou sendo barrado e com Taffarel, um frangueiro.

Fazer o quê? Apesar de Romário e Bebeto empolgarem de vez em quando, eu nutria um ódio mortal daquela “Era Dunga”, um emérito botineiro, apenas esforçado.

Na final, nos pênaltis, eu tive que me retirar do recinto onde a família da minha mulher - gente pra dedéu - assistia o jogo, sob pena de ser espancado, tal era a minha torcida contra, não exatamente por causa da Itália, mas, simplesmente, contra a seleção do Parreira.

Infelizmente naquela Copa o único que venceu foi o futebol medíocre. Aliás nem sequer venceu: empatou. Pênalti ou cara-e-coroa dá no mesmo. Dois times medíocres que chegaram a uma final passando por outros não menos não poderiam almejar outro resultado que não fosse um insípido e indigno zero a zero. E o coitado do Baggio não teve a culpa maior que lhe atribuíram, apesar de protagonizar o gran finale da opera bufa que foi a Copa, mandando a bola na arquibancada - Baresi e Massaro, da Itália, também perderam seu pênaltis, mas foram estranhamente esquecidos.

De lá para cá, para ser sincero, assisti os jogos do Brasil nas Copas seguintes, mas não me lembro de nada, nem de um gol, nem de um lancezinho qualquer.

Hoje e nesta Copa, em tempos das “faltas táticas” preconizadas por Felipão, vou torcer por futebol, mas acho difícil, mesmo porque, um dos únicos credenciados a jogar futebol, Neimar, vai estar mais visado que cabeça de careca na arquibancada. Só torço para ele não levar um pau definitivo.

O Brasil não pode se dar ao luxo de apresentar mediocridade, pelo menos no futebol, exatamente o que tem de melhor. Talvez hoje seja a única coisa que pode mostrar de bom.

Meu palpite: 2 a 2, na bacia das almas. Ninguém merece Julio Cesar, Luiz Gustavo, Ramires e as vacas bravas dos dois laterais, Daniel e Marcelo, que se despencam ao ataque e deixam avenidas nas costas.
 
 

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