As divergências entre o presidenciável Eduardo Campos (PSB), e sua vice, a ex-ministra Marina Silva, causaram a primeira grande rusga entre as duas lideranças;
apoiado por Marina para ser candidato ao governo de Minas, o ambientalista Apolo Heringer (PSB) anunciou que não disputará a eleição;
quem deve ser anunciado para concorrer no pleito é o deputado federal Júlio Delgado, apoiado por Campos;
segundo nota enviada pela Rede Sustentabilidade, as escolhas do PSB revelam um partido "a reboque da conjunção de forças que não quer largar a Cidade Administrativa (a sede do governo de Minas), que hoje se volta mais para uma candidatura nacional e a sobrevivência de seus mandatos parlamentares que para solucionar as contradições de Minas"
Na convenção do diretório mineiro da legenda socialista, que ocorre neste sábado (21), quem deve ser anunciado para disputar a eleição estadual é o deputado federal Júlio Delgado, apoiado por Campos.
Em nota, a Rede Sustentabilidade, partido fundado por Marina, diz que "sinaliza um caminhar com cartas marcadas" em um eventual segundo turno e abriu mão de trabalhar com o PSB nas eleições majoritárias no Estado.
Os redistas estão abrigados na legenda socialista por não terem conseguido as 498 mil assinaturas suficientes para obterem o registro na Justiça Eleitoral e, como consequência, disputarem as eleições deste ano.
"Essa convenção não é para apurar votos. É um processo sem transparência e sem debate de ideias", disse Heringer. "Pedimos por escrito para participarmos da organização do congresso. Quando escolheram os delegados municipais, também pedimos os nomes e e-mails deles. Nada foi atendido", complementou.
Delgado que é simpatizante da candidatura do presidenciável Aécio Neves (PSDB) e já chegou até a defender uma aliança com o PSDB em torno da campanha de Pimenta da Veiga ao governo mineiro.
"Essas posições revelam um PSB a reboque da conjunção de forças que não quer largar a Cidade Administrativa (a sede do governo de Minas), que hoje se volta mais para uma candidatura nacional e a sobrevivência de seus mandatos parlamentares que para solucionar as contradições de Minas Gerais. O jogo travado veio empobrecer a perspectiva política e sinaliza um caminhar com cartas marcadas na eventualidade de segundo turno, em planos estadual e nacional. O PSB está mesmo interessado em construir uma terceira via no Brasil?", questiona a nota.
Vale ressaltar que outra divergência entre Campos e Marina ocorreu, nesta sexta-feira (20), em São Paulo, maior colégio eleitoral do País. Enquanto Marina queria candidatura própria do PSB, seu partido anunciou o deputado federal Márcio França como vice do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
BRASIL 24/7
*Com informações do Pautando Minas
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