segunda-feira, 30 de junho de 2014

Incêndio florestal consome cinco hectares do Parque Ecológico do Guará

De janeiro até abril deste ano, o Corpo de Bombeiros contabilizou 389 incêndios florestais, tanto em áreas rurais quanto em parques e plantações.
 

carla.rodrigues@jornaldebrasilia.com.br



Um incêndio de grandes proporções queimou cinco hectares do Parque Ecológico do Guará e assustou os trabalhadores do Setor de Oficinas  (SOF) Sul. Por volta das 14h, o Corpo de Bombeiros recebeu o primeiro chamado para conter as chamas na área, que podiam ser vistas  de longe. 



Dois aviões  tiveram de ser usados para combater o fogo. Além disso, 40 homens e dois caminhões ajudaram a deter queimada, que rapidamente se alastrou entre as folhagens do Cerrado. 


“Assim que começou, chamamos o Corpo de Bombeiros. Quando eles chegaram aqui, a coisa tinha tomado uma proporção gigantesca. 

Apesar de apresentar risco para nós, no sentido de chegar até aqui, dá medo de qualquer maneira. É muito fogo”, disse Francisco Marcilio, 33 anos. 

Ele trabalha em uma das indústrias do SOF e contou   que esse não é o primeiro incêndio no parque ecológico. 

 “Desde que comecei a trabalhar aqui, há três anos, já vi umas quatro queimadas nessa região. E o que se percebe, de fato, é um descuido da população com a vegetação. O pessoal fuma, joga a bagana. O mato aqui é alto, estamos no período da seca. Algum cuidado devemos tomar. Não estou dizendo que esse tenha sido criminoso, mas acho que temos responsabilidade também”, reclamou. 

Balanço
De janeiro até abril deste ano, o Corpo de Bombeiros contabilizou 389 incêndios florestais, tanto em áreas rurais quanto em parques e plantações. A soma chega a mais de três queimadas por dia. “Esse foi o primeiro em grande escala. Mas  o período de estiagem todo é uma época perigosa, em que trabalhamos muito mais do que em outros meses. É comum o cerrado pegar fogo na seca”, disse o sargento Gilson Silva, que também atendia a ocorrência no local. 

Em abril de 2013, o número de incêndios florestais registrados era de 412. “A seca demorou, mas chegou. No ano passado teve outra queimada aqui, só que muito maior. A gente não conseguia ficar dentro das salas trabalhando tamanho o calor das chamas. A sorte é que o vento está indo para outro lado e está mais fraco”, lembrou a industriária Andreia Cornelios, 43. 

Cuidado parte de todos
As causas do incêndio no parque ainda estão sendo investigadas e a perícia deve ser concluída em 30 dias. Porém, de acordo com o Corpo de Bombeiros, a principal razão de incêndios florestais são humanas, seja por negligência ou intencional como, por exemplo, a queima de lixo, e fogueiras não apagadas; ou por causas naturais. Por isso, essa época do ano exige atenção ainda maior da população. 
 
“Podemos observar que a ação humana ainda é maioria em focos de incêndio. Onde mais percebemos a negligência das pessoas é em incêndios urbanos: casas, comércios e por aí vai.  O Cerrado, infelizmente, é um tipo de vegetação propícia para as queimadas, é natural. Mas, de qualquer maneira, a atenção da população sempre é bem- vinda”, salientou o coronel do Corpo de Bombeiros, Wiliam Bonfim. 
 
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília


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