segunda-feira, 30 de junho de 2014

Moradores de Vicente Pires reclamam de infraestrutura

Enquanto a copa rola / a saúde pede esmola / o povo está sem escola / a violência nos assola / e o Agnelo te enrola.



Edital para obras de infraestrutura foi anunciado, mas, desde então, nem medidas paliativas são vistas



ludmila.rocha@jornaldebrasilia.com.br

O tempo passa, Vicente Pires cresce, o número de habitantes aumenta e os problemas  parecem piorar. Moradores das ruas 10, 3 e 7 reclamam que, apesar de a área ainda não estar regularizada, os impostos são cobrados e pagos em dia, mas não há retorno em serviços e melhorias. 


Vias estreitas, buracos e falta de sinalização   provocam dor de cabeça e aperto no bolso dos habitantes, que chegam a gastar até R$ 3 mil em um semestre com consertos nos automóveis. 


Sem soluções em infraestrutura, oficinas mecânicas e empresas que prestam serviços de limpeza, asfaltamento e recapeamento particulares  aproveitam para lucrar. Por outro lado, o edital para obras de infraestrutura da cidade foi dado como pronto em abril, mas até agora não há nada de concreto aos moradores.

Buracos
O gestor ambiental Sérgio Campos,   41 anos, é morador da Rua 10 há mais de três anos. Ele conta que lá a situação está tão crítica, que a moradora de uma das casas precisou colocar ripas de madeira sobre a grama, a fim de evitar que os carros subissem   para fugir dos buracos. 


“Sempre faziam, pelo menos, as operações tapa-buracos. Neste ano,  nem isso foi  feito. Eles pediram que esperássemos a época das chuvas passar. Já estamos na estiagem há muito tempo e até agora nada”, diz.

Ele também reclama das novas rotatórias de concreto, colocadas nas intersecções das principais vias. “São verdadeiras bolas de concreto no meio das pistas. Carros já bateram, passaram por cima  e pessoas   se acidentaram.   E não há sinalização antes dos balões. A regra é esperar quem entrar primeiro”.

O funcionário público Cléber Lacerda, 30, é morador da Rua 12 e também faz reclamações. “Moro numa rua boa, mas passo por todas as outras para   chegar em casa. Já estourei um pneu na Rua 4B, da Faculdade Mauá, um dos acessos da EPTG a Vicente Pires. Problemas com pneus, balanceamento e direção são comuns aqui. Também não tem uma faixa de pedestres, sinalização nos quebra-molas, nada”. 

Oficinas lucram
As oficinas  se multiplicam em Vicente Pires. “Os problemas mais comuns são na suspensão, balanceamento e direção, tudo  em função dos buracos”, conta Raimundo Silva, dono do Centro Automotivo Unaí, na Rua 4. 


O gerente de contas Carlos Vieira,   35, levou o carro para mais um conserto. “Tive problemas na balança e direção do carro. A vida útil de um amortecedor normalmente é de dois anos, mas aqui   é reduzida em, pelo menos, 50%.  Só neste ano já gastei cerca de R$ 3 mil com suspensão e troca de pneus”, conta.
Moradores enumeram problemas


Na Rua 3, uma das mais críticas porque recebe toda a água da chuvas das ruas acima, uma barreira de contenção de concreto  foi construída na frente de um condomínio para evitar que ele fosse alagado. 

Ali o asfalto é quase inexistente em algumas partes.


O morador Lennon Custódio aponta um outro problema antigo: “Tem um esgoto a céu aberto no início da rua. Quando chove piora. Tem lanchonetes e restaurantes próximos, não sei como as pessoas conseguem comer com tamanho mau cheiro. Já pensamos   em fechar a pista para chamar a atenção”, diz. 


Procurada, a administração regional reconhece que algumas ruas da cidade encontram-se em estado crítico, mas afirma estar fazendo operações tapa-buraco periodicamente. 


As obras definitivas, no entanto, só serão iniciadas após a licitação da verba proveniente do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), algo em torno de R$ 419 milhões. A quantia será utilizada para as obras   do sistema de drenagem pluvial e pavimentação. Segundo a Secretaria de Obras, a licitação para o início dos trabalhos deve sair ainda este mês.


De acordo com a administração, o processo de regularização de Vicente Pires está na fase final, faltando a resolução de questões fundiárias. 


Fonte: Da redação do Jornal de Brasília


2 Comentários

William

Ou seja: as obras só iniciarão no período de chuva. Ai vem a desculpa que não vai dar pra fazer pq estará chovendo. Ainda bem que esse PT/PMDB não continuara. Ainda há esperança!

Profeta do Cerrado

Enquanto a copa rola / a saúde pede esmola / o povo está sem escola / a violência nos assola / e o Agnelo te enrola.

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