Esse esvaziamento da candidatura de Padilha chegou a contaminar aliados. O PP de Paulo Maluf que declarara apoio ao PT, a ponto de haver o registro da foto de Padilha com Maluf, mudou de barco na última hora. Hoje, a executiva do partido deu uma guinada e saiu do palanque petista para o palanque peemedebista – passando por uma rápida negociação que não foi adiante com o PSDB.
Na convenção do PT em São Paulo, os oradores se revezaram no palco com palavras de estímulo a Padilha, muitos contando a própria história. “Eu estava com 3% no mês de maio”, disse Fernando Haddad. Depois Marta Suplicy contou a sua história e até Lula, na convocação da militância.
Mas, neste caso, os petistas estão mais preocupados do que das vezes anteriores. Eles observam as pesquisas e redobram a preocupação: a rejeição ao PT em São Paulo está crescente e atinge também a imagem da presidente Dilma Rousseff.
O que está em discussão internamente é a fórmula usada por Lula nas duas últimas eleições – a de lançar candidatos novos para tentar se afastar de vícios da política tradicional. Isso funcionou com Dilma Rousseff para a presidência e com Fernando Haddad para prefeito. Mas muitos avaliam que a rejeição ao PT em São Paulo pode decorrer da gestão Haddad que, segundo eles, “não faz o embate político necessário”.
A esta altura, já encerrado o prazo para as convenções, o PT vai precisar corrigir os erros ao longo da campanha. Mas, se não conseguir, muitos avaliam que o palanque de Paulo Skaf pode ser o caminho do PT e de Lula para tentar cumprir a promessa que fez de tirar o governo de São Paulo do PSDB.
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