Josias de Souza
O PT da Paraíba executou dois movimentos inusitados. Num, abandonou a parceria que estabelecera com o PMDB local. Noutro, aderiu ao projeto da reeleição do governador Ricardo Coutinho, filiado ao PSB do presidenciável Eduardo Campos. Surpreendido com a mobilidade dos companheiros paraibanos, o presidente do PT federal, Rui Falcão, ameaça intervir.
Comandado pelo senador Vital do Rêgo, o PMDB paraibano subiu nas tamancas. O partido contava com o apoio do PT a Veneziano Vital do Rêgo, irmão de Vital. Ele era, até esta quinta-feira, candidato do PMDB ao governo do Estado. Em nota veiculada nas redes sociais, abdicou da pretensão.
“…Sinto que, agora, no momento de definições das alianças políticas, cabe-me, em gesto de humildade e desprendimento, devolver ao partido esta pré-candidatura, para que institucionalmente possa avaliar a decisão que venha a nortear os nossos rumos”, anotou Veneziano.
O governador Coutinho esperava que o PMDB também se incorporasse à caravana do PSB. Chegou mesmo a acenar com a hipótese de ceder ao grupo de Vital a vaga de vice na sua chapa. Mas o senador Vital do Rego cogita assumir, ele próprio, a vaga de candidato pemedebista ao governo paraibano. E cobra coerência do PT.
Alheio às pressões, o governador Ricardo Coutinho apressou-se em divulgar uma logomarca de campanha -à esquerda, a estrela do PT, à direita, a pomba branca do PSB. Abaixo, a inscrição: A Paraíba unida segue mais forte.” A aliança decerto não vai obter o selo de qualidade Marina Silva, pregoeira da “nova política”. Na outra ponta, o senador Cássio Cunha Lima, candidato do PSDB, joga parado. Apenas assiste ao vaivém.
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