O
Partido Progressista (PP) deu mais um exemplo nesta quarta-feira da
divisão que cerca os principais aliados da presidente Dilma Rousseff às
vésperas da largada oficial da campanha.
Pressionado pela ala da sigla
que não aceita a adesão à candidatura à reeleição de Dilma, o presidente
da legenda, senador Ciro Nogueira (PI), aprovou uma resolução que
empurra a decisão para a Executiva do partido – e, portanto, para a
cúpula comandada por ele.
Para
assegurar o apoio do PP, o Palácio do Planalto firmou o compromisso de
manter o cobiçado Ministério das Cidades, um dos maiores orçamentos da
Esplanada, sob o comando da sigla. Em troca, o PP repassará seus quase
um minuto e vinte segundos para a campanha eleitoral de Dilma na
televisão.
A
Convenção Nacional foi marcada por vaias e bate-boca. Delegados partido
chegaram a propor a votação de uma moção de apoio ao tucano Aécio Neves,
adversário de Dilma nas eleições. Em seguida, sufocados pela decisão de
Ciro, prometeram recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para
invalidar a resolução.
“Não me
parece que a continuidade que aí está seja no sentido de mudar o país.
Está claro que o Brasil precisa de um processo de limpeza ética”, disse o
deputado federal Júlio Lopes (PP-RJ).
O
presidente da legenda, que declara abertamente apoio a Dilma, ignorou as
manifestações e aprovou sua resolução que delega poderes à Executiva
para “escolher candidatos à presidência e/ou a vice-presidência” e para
“apoiar qualquer candidato à Presidência da República, inclusive
compartilhar o tempo destinado à propaganda eleitoral no rádio e na
televisão”. Na saída do evento, Ciro Nogueira esquivou-se de perguntas
de jornalistas e se limitou a dizer que a decisão foi “democrática”.
“O Ciro
demonstrou despreparo, não teve capacidade de ouvir os convencionais do
PP. Lamentavelmente, nenhuma tese foi acolhida pelo presidente, que
demonstrou arrogância e prepotência. Ele está conduzindo o partido a um
buraco negro”, criticou o presidente da Assembleia Legislativa de Minas
Gerais, Diniz Pinheiro. O presidente do partido também foi chamado de
“vendido” pela ala dissidente.
A
senadora Ana Amélia Lemos, candidata ao governo do Rio Grande do Sul,
afirmou que cabe aos convencionais, e não à Executiva, deliberar sobre o
tema. “O que saiu daqui é a demonstração clara do inconformismo por não
aceitarmos a imposição de uma vontade de maneira pouco democrática.
Hoje nós queríamos a neutralidade”, disse. Do site da revista Veja
MEU COMENTÁRIO: Foi
assim na Venezuela. Os políticos se venderam ao finado caudilho Hugo
Chávez, abrindo o caminho para a cubanização do país, que há quatro
meses vive um clima de pré-guerra civil. A maioria dos venezuelanos
repudia o comunismo.
Ciro
Nogueira, o presidente do PP, a exemplo dos políticos que integram a
"base alugada" que garante o poder aos psicopatas que ocupam Palácio do
Planalto, são os fiadores do enterro da democracia brasileira, caso os
petistas logrem mais um mandato. E fazem isso em troca de caraminguás
oficiais. A ganância misturada com a burrice é desastrosa.
Contudo,
parece que as vozes mais consequentes do PP falaram mais alto o que
levou Ciro Nogueira a seguir as ordens do Lula e da Dilma: golpeou a
convenção.
Seja como for, o certo é que a 'base alugada', está desmoronando a indicar que o ciclo petista está com os dias contatos.
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