quinta-feira, 26 de junho de 2014

Dependentes da cracolândia ganham centro de convivência





O governo Geraldo Alckmin (PSDB) abriu nesta semana na cracolândia um centro de convivência para viciados que deverá se tornar um hospital para dependentes químicos.



O espaço estreou serviços como banho, barbearia, aulas de academia e terapia corporal, em um prédio da rua Helvétia com capacidade para atender cem pessoas/dia. 

Nesta terça (24) e quarta (25), 167 dependentes foram atendidos pelo serviço montado perto da concentração de usuários de crack e em frente a uma tenda da prefeitura que oferece aos viciados atendimento social e espaços para banho e para ver TV. 

Nos próximos meses, haverá no centro de convivência um projeto de apoio às famílias dos dependentes, palco de teatro, sala de audiovisual e cozinha experimental. 

O espaço é a primeira fase antes da implantação do hospital, que deve terminar em 2015 com a entrega de 51 leitos -21 para desintoxicação e 30 para moradia (pelo período de até seis meses). 

O custo de implantação do espaço será de R$ 8,8 milhões. A unidade, aberta de segunda a sábado, das 8h às 18h, faz parte do programa Recomeço, que visa combater a dependência ao crack.



Academia do novo prédio do programa recomeço, aberta nesta semana na cracolândia
Academia do novo prédio do programa recomeço, aberta nesta semana na cracolândia

Will, 34, primeiro usuário atendido, testou a academia. "Ocupei a cabeça e ainda não usei crack hoje", disse. 


"Queremos estimular o lado saudável do dependente e motivá-lo para o tratamento", diz Elson Asevedo, psiquiatra responsável pelo serviço. 

Se precisarem de atendimento médico, os usuários de crack serão encaminhados ao Cratod (centro de referência de álcool e outras drogas). 

A cracolândia também recebeu este ano um projeto da gestão Fernando Haddad (PT) voltado ao mesmo público -Braços Abertos, que dá moradia, trabalho e alimentação.


Nos últimos anos, prefeitura e Estado testaram várias medidas na cracolândia, mas não conseguiram transformar a região nem evitar a presença de dependentes.


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