domingo, 20 de julho de 2014

Apenas um a cada quatro eleitores aprova Dilma nas grandes cidades. Rejeição da petista chega a 42%.


Apesar de ainda liderar a disputa pelo Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff perdeu parte do capital político que tinha nos grandes centros urbanos — cidades que têm mais de 500 mil habitantes e que costumam funcionar como polos propagadores de votos para o resto do país. Segundo pesquisa do Instituto Datafolha divulgada na quinta-feira, nos últimos 15 dias, houve queda na intenção de votos na petista e aumento de seus índices de rejeição. Além disso, piorou a avaliação de desempenho do atual governo. Os dados foram recebidos com preocupação pelo comitê que trabalha na reeleição da presidente.

De acordo com a sondagem, o percentual de eleitores que consideram a gestão de Dilma “ótima ou boa” recuou de 30%, no início de julho, para 25% nos municípios com mais de 500 mil habitantes. No mesmo período, a classificação de “ruim ou péssimo” foi de 31% para 37%, e a “regular”, de 38% para 37%, na mesma região.

Essa piora na avaliação se refletiu nos demais indicadores da pesquisa. Dilma viu as intenções de voto nessas cidades caírem de 32% para 29%. O percentual de eleitores que dizem votar no tucano Aécio Neves — que até aqui aparece como principal adversário à reeleição de Dilma — diminuiu de 24% para 22%, enquanto o de Eduardo Campos (PSB) foi de 8% para 9%. Cresceu, neste item, o número de votos em branco e nulos (de 17% para 19%) e dos eleitores que afirmaram que não sabem quem escolher (de 9% para 12%).

Já a rejeição de Dilma nos maiores municípios do país, que era de 37% no início de julho, chega agora a 42%. A de Aécio avançou um ponto percentual (para 21%), e a de Campos foi de 16% para 19%.

A IMPORTÂNCIA DA PROPAGANDA DE TV

Para analistas ouvidos pelo GLOBO, as atenções do eleitor sobre o processo político foram ofuscadas durante a Copa do Mundo, o que gerou uma sensação de melhora do governo e se refletiu nos números divulgados pelo Datafolha no início de julho. Contudo, terminada a competição, a falta de um legado concreto que melhore a rotina da população das grandes cidades reativou as tensões sociais expostas desde junho do ano passado.

Num cenário como este, ressaltam analistas, a propaganda no rádio e na TV será ainda mais importante na definição da eleição. A presidente Dilma terá o dobro do tempo de exposição de seus adversários e precisaria aproveitar isso em seu favor. (O Globo)
 
 

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