domingo, 20 de julho de 2014

NE deu 11 milhões de votos a Dilma e ela não terminou obras, diz Campos


Do UOL, em Maceió

O candidato à presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, criticou neste sábado (19), durante evento em Maceió, a atuação do governo de Dilma (PT) no Nordeste e ressaltou suas propostas para alavancar o turismo na região e as ações que pretende colocar em prática para combater a seca e melhorar a economia local. 


"O Nordeste deu 11 milhões de votos a ela e onde andamos vemos obras inacabadas. Não tem uma obra iniciada no governo de Dilma e terminada no governo dela. Aqui em Alagoas, o Canal do Sertão não tem um hectare de terra irrigado. Está sem levar água para as cidades que estão com sede", afirmou ele durante o lançamento da campanha de Benedito de Lira (PP), candidato ao governo de Alagoas numa aliança de nove partidos.

Campanha presidencial 2014 

6.jul.2014 - Eduardo Campos, candidato do PSB à Presidência da República, posa ao lado da vice em sua chapa, Marina Silva, durante atividade na favela do Sol Nascente, em Ceilândia, no Distrito Federal. No primeiro dia oficial de campanha, a população local assou frangos para receber os políticos. Marina Silva é vegetariana Leia mais Alan Marques/Folhapress
 
Segundo o candidato, falta ações do governo federal no combate à seca, que foi considerada a pior dos últimos 50 anos e afetou drasticamente a agricultura e a pecuária no Nordeste.


"O povo está endividado, cheio de problemas por conta da seca, que praticamente liquidou o nosso rebanho. Estou confiante que vamos fazer uma campanha da mudança. Tem dinheiro para isso e é possível tirar o Brasil dessa situação", declarou.


"A gente vê o potencial turístico de Maceió e do litoral alagoano sem a finalização da duplicação da AL-101, que foi uma luta nossa, ainda no governo Lula (PT). Um dos primeiros atos da presidente foi vetar a federalização da AL-101 e da PE-060. Estive no Ceará ontem e também observei a mesma situação", disse.


Campos aproveitou o evento para dizer que pretende reverter os índices da pesquisa Datafolha, que apontam o nome dele no terceiro lugar da disputa nas eleições de outubro. Ele acredita que é capaz de derrubar Aécio Neves (PSDB) e entrar na disputa do segundo turno com a presidente.


Segundo a pesquisa Datafolha, Campos está com 8%, enquanto Dilma tem 36% e Aécio 20% das intenções de voto. Mas, numa disputa de segundo turno, Dilma chega a 45% enquanto Campos fica com 38%. Esta é a menor diferença entre os candidatos do PT e do PSB nas nove pesquisas Datafolha, que iniciaram em agosto de 2013. Em 15 dias, Dilma oscilou de 38% para 36%.

Intenção de voto

Presidência da República


Dilma Rousseff

Aécio Neves

Eduardo Campos

Everaldo Pereira

José Maria

Eduardo Jorge

Luciana Genro

Mauro Iasi

Outros

Brancos e nulos

Indecisos
01 Dez 2013
22 Fev 2014
06 Abr 2014
09 Mai 2014
06 Jun 2014
02 Jul 2014
0%5%10%15%20%25%30%35%40%45%50%
38%
20%
9%
"Há uma queda da presidente e um aumento na rejeição. Isso já mostra uma inviabilidade na campanha dela quando ela é colocada comigo, que tenho a menor rejeição e a menor taxa de conhecimento. Sou o candidato que tenho apenas 30% de reconhecimento e na hora que o Brasil conhecer meu trabalho e o que fiz em Pernambuco, além de minhas propostas, ganharei a eleição", disse Campos.


O candidato também fez promessas de campanha e destacou ações implantadas em Pernambuco que pretende estender pelo Brasil: a criação de escolas em tempo integral, como fez no governo de Pernambuco, a implantação do Passe Livre para estudantes de todo o país e investimentos em segurança pública.


"Transformei Pernambuco no Estado mais seguro do Nordeste e quero devolver a sociedade a paz", prometeu.

Família dividida

Neto do também político pernambucano Miguel Arraes e filho da ex-deputada federal e atual ministra do Tribunal de Contas da União, Ana Arraes, Campos viu o apoio da família rachar nesta semana quando sua prima, a vereadora de Recife Marília Arraes (PSB) declarou que vai votar em Dilma para presidente. 


Sobre a divisão da família Arraes, Campos disse que a vive em democracia e "cada um escolhe o caminho que quer seguir".

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