De Paris para a BBC Brasil
O avião havia decolado na quinta-feira de Amsterdã, na Holanda, com destino a Kuala Lumpur, na Malásia, com 298 pessoas a bordo. A aeronave caiu em uma região da Ucrânia controlada por separatistas pró-Rússia. Não há sobreviventes
Após o acidente, o Eurocontrol, órgão que administra a navegação aérea na Europa, proibiu as companhias europeias de sobrevoar o leste da Ucrânia e informou que todas as rotas aéreas nessa região ficarão fechadas "até nova ordem".
O governo francês anunciou, na sexta-feira, que as companhias do país não poderão mais sobrevoar todo o espaço aéreo da Ucrânia. "É uma medida de precaução indispensável e que permitirá evitar novos acidentes", declarou o ministro francês dos Transportes, Frédéric Cuvillier.
Autoridades ucranianas também fecharam as rotas aéreas no leste do país.
O voo MH17 da Malaysia Airlines era compartilhado ("code share") com a companhia holandesa KLM, do grupo Air France.
O sobrevoo da Ucrânia é a rota mais utilizada nos percursos entre a Europa e o sul da Ásia.
Para Jean Serrat, ex-piloto da Air France, o desvio da rota sobre o leste da Ucrânia não teria impacto financeiro significativo para as companhias aéreas, descartando que esse teria sido o motivo para que muitas delas continuassem a sobrevoar a área.
Três
crianças australianas, a menina Mo Maslin, 12, (esq.), seu irmão Otis,
8, (centro), e sua irmã Evie Maslin, 10, (dir.) morreram na queda do voo
MH17, da Malaysia Airlines, que caiu no leste da Ucrânia.
Elas eram
acompanhadas pelo avô, o australiano Nick Morris Leia mais Reprodução
"Medidas de economia, por parte das companhias aéreas, para economizar combustível, utilizando a rota mais curta, não são um critério fundamental nesse caso. O problema é que as autoridades europeias ignoraram os riscos no leste da Ucrânia".
Sinais
Ele ressalta que dois aviões militares já haviam sido derrubados na região dias antes e que isso deveria ter servido de alerta aos líderes políticos e órgãos internacionais de aviação.Além disso, havia informações de que separatistas pró-russos tinham se apoderado de equipamentos militares em uma caserna na Ucrânia.
Segundo Serrat, esse caso mostra que medidas de segurança tomadas antes do desastre pelo governo da Ucrânia, que havia fechado o espaço aéreo abaixo de cerca de 9 mil metros de altitude, se tornaram obsoletas.
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