O governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos (PSB)
comparou nesta quinta-feira, 27, a relação de confiança entre o governo
brasileiro e a sociedade a um "cristal que quebrou". Na sua avaliação,
esta crise só será superada nas urnas, pelo voto.
"Não tem
ninguém que tenha varinha de condão para dizer agora não, agora este
cristal não está quebrado, o cristal quebrou", afirmou em entrevista
coletiva, durante o lançamento do portal do Instituto Miguel Arraes, no
bairro do Poço da Panela, no Recife.
Para ele, o que existe no País hoje "é mais do que uma crise macroeconômica, é uma crise de confiança e expectativa" que vem da percepção das pessoas, da sociedade, do mercado, de não saber para onde o País está indo, qual o plano de voo.
"As idas e vindas do governo em vários aspectos terminaram por criar essa compreensão", observou. "Pode até o governo chegar e dizer que o projeto é esse e esse, mas as pessoas não percebem, então ao invés de marcar encontro, começa a marcar desencontro".
Campos destacou a importância - e a inexistência - de uma narrativa de longo prazo, que envolve indicação de reformas e regulação de setores estratégicos, para se criar confiança no roteiro a ser trilhado. Moderado, afirmou que os problemas relativos a fundamentos macroeconômicos já foram maiores no passado e que há outras nações com mais problemas do que o Brasil. "Não dá para esconder que há problemas, mas também não dá para dizer que é um caos absoluto", frisou.
"Temos problemas que podem se avolumar na medida em que não se tomem providências, esta é uma questão", pontuou. "A outra é que quem vai resolver isso são as urnas, é a sociedade votando no caminho da mudança".
Ele reafirmou existir um fosso entre o Brasil real e o Brasil de Brasília, onde a sociedade não percebe seus interesses representados, e destacou a necessidade de "animar" a população a participar, diante do risco de desânimo e apatia da sociedade. "A energia que pode mudar o Brasil é justamente essa energia dos que querem uma representação mais próxima".
"A gente está percebendo claramente que as conquistas estão em risco: o governo não conseguiu melhorar o Brasil, que está piorando em vários aspectos, e nós brasileiros não podemos entender que não temos um papel ou que o papel é só do governo", alertou. "O papel é de todos nós".
Instituto Miguel Arraes
O lançamento do portal do Instituto Miguel Arraes ocorreu em um ato pela passagem dos 50 anos do golpe militar de primeiro de abril de 1964 e da deposição do então governador de Pernambuco e avô de Campos, Miguel Arraes, que só deixou o Palácio do Campo das Princesas, preso.
Amigo de Arraes e seu ex-assessor, Ivan Rodrigues fez um relato emocionado relembrando o momento em que o ex-governador disse ao oficial do Exército que ele não tinha autoridade para o depor e que só deixaria o palácio preso. "Sou governador de Pernambuco e exercerei meu mandato até o último dia, esteja onde estiver", afirmou antes de receber voz de prisão.
Para ele, o que existe no País hoje "é mais do que uma crise macroeconômica, é uma crise de confiança e expectativa" que vem da percepção das pessoas, da sociedade, do mercado, de não saber para onde o País está indo, qual o plano de voo.
"As idas e vindas do governo em vários aspectos terminaram por criar essa compreensão", observou. "Pode até o governo chegar e dizer que o projeto é esse e esse, mas as pessoas não percebem, então ao invés de marcar encontro, começa a marcar desencontro".
Campos destacou a importância - e a inexistência - de uma narrativa de longo prazo, que envolve indicação de reformas e regulação de setores estratégicos, para se criar confiança no roteiro a ser trilhado. Moderado, afirmou que os problemas relativos a fundamentos macroeconômicos já foram maiores no passado e que há outras nações com mais problemas do que o Brasil. "Não dá para esconder que há problemas, mas também não dá para dizer que é um caos absoluto", frisou.
"Temos problemas que podem se avolumar na medida em que não se tomem providências, esta é uma questão", pontuou. "A outra é que quem vai resolver isso são as urnas, é a sociedade votando no caminho da mudança".
Ele reafirmou existir um fosso entre o Brasil real e o Brasil de Brasília, onde a sociedade não percebe seus interesses representados, e destacou a necessidade de "animar" a população a participar, diante do risco de desânimo e apatia da sociedade. "A energia que pode mudar o Brasil é justamente essa energia dos que querem uma representação mais próxima".
"A gente está percebendo claramente que as conquistas estão em risco: o governo não conseguiu melhorar o Brasil, que está piorando em vários aspectos, e nós brasileiros não podemos entender que não temos um papel ou que o papel é só do governo", alertou. "O papel é de todos nós".
Instituto Miguel Arraes
O lançamento do portal do Instituto Miguel Arraes ocorreu em um ato pela passagem dos 50 anos do golpe militar de primeiro de abril de 1964 e da deposição do então governador de Pernambuco e avô de Campos, Miguel Arraes, que só deixou o Palácio do Campo das Princesas, preso.
Amigo de Arraes e seu ex-assessor, Ivan Rodrigues fez um relato emocionado relembrando o momento em que o ex-governador disse ao oficial do Exército que ele não tinha autoridade para o depor e que só deixaria o palácio preso. "Sou governador de Pernambuco e exercerei meu mandato até o último dia, esteja onde estiver", afirmou antes de receber voz de prisão.
Fonte: Agencia Estado Jornal de Brasilia
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