Ministro da CGU se recusa a comentar caso da refinaria superfaturada
Publicado: 26 de março de 2014 às 18:31 -Diario do Poder
O ministro da Controladoria Geral da União
(CGU), Jorge Hage, disse nesta quarta-feira que não responderá a
perguntas do líder do DEM, Mendonça Filho (PE), sobre os negócios em
investigação da Petrobras. “Vim a tratar de ONGs e nada mais”, disse o
ministro, durante audiência da Comissão de Fiscalização Financeira e
Controle da Câmara dos Deputados.
Hage usou o regimento interno da Casa, que diz que um ministro
convocado só falará sobre o tema proposto no requerimento – neste caso
sobre as irregularidades em repasses de recursos a organizações
não-governamentais.
“No meu entendimento não há conexão entre os temas”,
justificou.
O ministro ressaltou que não tem dificuldades em expressar sua
posição sobre a Petrobras, mas enfatizou que o tema da convocação não
era esse. “Não tratarei deste assunto aqui. Não tratarei de assunto fora
do requerimento”, disse em resposta a Mendonça, que perguntou sobre a
compra da refinaria de Pasadena e a demora na demissão do ex-diretor da
Petrobras Nestor Cerveró.
Durante a rodada de perguntas dos deputados, o líder do
Solidariedade, Fernando Francischini (PR), chegou a dizer que Hage, ao
ter como função apontar irregularidades no governo, “pregava no
deserto”. “Não me sinto em absoluto pregando num deserto”, rebateu o
ministro. Para Hage, o governo tem respondido de forma adequada às
fiscalizações que apontam irregularidades em contratos federais.
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