quinta-feira, 3 de abril de 2014

A FIFA já se prepara para pagar o que falta em Itaquera. Blatter culpa 'inatividade dos brasileiros' pelos atrasos da Copa




Juca Kfouri


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Nos bastidores da Fifa já se articula o pagamento dos 50 a 60 milhões de reais necessários para as obras temporárias no estádio que abrirá a Copa do Mundo, o do Corinthians, em Itaquera.


Convencida de que o clube não terá como arcar mesmo diante da palavra de Andrés Sanches, ouvida como apenas para se livrar de Jêróme Valcke, a Fifa, certa de que está diante de um ponto de não retorno, sabe que o evento é seu e que terá de se movimentar.

A caça às bruxas é dramática.

Debilitado fisicamente e obeso, fruto de intenso stress, o chefe do COL, Ricardo Trade, agora acusa o super consultor da Fifa, o americano Jim Brown, contratado a peso de ouro ainda por Ricardo Teixeira, de ser o responsável pelo descalabro, rompendo uma relação que era de parceria.

A Fifa já nem mais faz questão de esconder que está sendo vítima da facada final, ou seja, ou abre os bolsos ou se expõe a um retumbante fracasso em seu maior evento.

Como lidará com isso depois, aí incluídos os compromissos não cumpridos nas áreas de energia e telecomunicações, serão outros 500, provavelmente nos tribunais.

O mínimo que se pode dizer é que não foi por falta de avisos.


Blatter culpa 'inatividade dos brasileiros' pelos atrasos da Copa


SAN JOSE, 03 Abr 2014 (AFP) - O presidente da Fifa, Joseph Blatter, fez novamente duras críticas aos atrasos nas obras dos estádios que receberão partidas da próxima Copa do Mundo, afirmando que os problemas foram causados pela "inatividade dos brasileiros".

"No que diz respeito ao Brasil, temos atrasos neste momento, mas esses atrasos são causados pela inatividade dos brasileiros durante anos, a partir do momento em que receberam a organização deste Mundial, temos de ressaltar isso", declarou o dirigente, em entrevista coletiva realizada na Costa Rica, onde está acompanhando o Mundial Sub-17.

Mesmo adotando esse tom crítico, Blatter se mostrou confiante em que "o Brasil terá uma Copa extraordinária, porque é o país onde se jogou e onde se joga ainda hoje o melhor futebol do mundo".

"Agora estamos no caminho certo para concluir todos os estádios, não é a primeira vez que teremos que fazer algo em um estádio nos últimos dias antes da competição", lembrou o suíço, citando o exemplo do estádio Olímpico de Roma, que teve seus acabamentos finalizados na véspera do Mundial de 1990, na Itália.

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