quinta-feira, 3 de abril de 2014

Base governista anuncia CPI mista com foco ampliado

Congresso em Foco

219 deputados e 32 senadores assinaram requerimento formulado por base aliada, segundo líder do governo no Congresso; ontem, Renan Calheiros transferiu para a CCJ decisão sobre um pedido do PT para que a CPI proposta pela oposição não seja instalada




Ag. Senado
Líder do governo no Congresso anunciou pedido para criação de CPI mista para investigar Petrobras e outras suspeitas


O líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), anunciou nesta quinta-feira (3) que os partidos da base governista conseguiram as assinaturas de 219 deputados e 32 senadores para a criação de uma CPI mista para investigar, ao mesmo tempo, denúncias envolvendo a Petrobras, contratos dos metrôs de São Paulo e do Distrito Federal, a construção do porto de Suape para viabilizar a refinaria Abreu e Lima e contratos na área de tecnologia digital.

 

O requerimento, que deve ser protocolado ainda hoje, deve ser lido na sessão do Congresso, marcada para o dia 15 de abril.


Ontem, o Senado adiou para a semana que vem a definição sobre a criação de uma CPI para investigar a Petrobras. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-RN), transferiu para comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) a decisão sobre um pedido do PT para que a CPI proposta pela oposição não seja instalada.


O partido da presidenta Dilma Rousseff atua desde a semana passada para inviabilizar a criação da comissão ou para adicionar em seu escopo temas que poderiam atingir seus possíveis adversários, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), nas eleições deste ano.


Além do pedido do PT, a CCJ vai ter de decidir sobre outro questionamento da oposição pedindo que a CPI investigue apenas os temas relacionados à Petrobras. O pedido, feito pelo PSDB, também foi negado por Renan.


A CPI proposta pela oposição no Senado teria como objetos de investigação a compra da refinaria de Pasadena (EUA) pela Petrobras, supostas irregularidades em plataformas, suspeita de superfaturamento na compra de refinarias e a denúncia de pagamento de propina a funcionários da estatal pela companhia holandesa SBM. (Com Agência Senado)




 


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