domingo, 13 de abril de 2014
Muitas pessoas costumam associar
capitalismo à miséria. Para elas, o culpado de haver pessoas miseráveis e
passando fome, enquanto outras esbanjam dinheiro, é do capitalismo. Mas
será que existe uma relação direta entre capitalismo e miséria? Vamos
pensar um pouco.
O que chamam de capitalismo por aí,
nada mais é do que o liberalismo econômico. Este sistema surgido por
volta dos séculos XIII e XIX com a revolução industrial pode ser
resumido, grosso modo, no seguinte: liberdade de comprar e vender. Em
outras palavras, quanto mais liberdade as pessoas tiverem para comprar e
vender em um determinado país, mais liberal (ou capitalista) é este
país. Isso significa que em um país muito capitalista, o governo não
criará muitas restrições, imposições e dificuldades para a criação e
manutenção de empresas privadas. Segue-se, com isso, que teremos neste
país mais empresas competindo no mercado. Com mais empresas, haverá mais
empregos. Com mais empregos, haverão menos desempregados. Com menos
desempregados, haverá menos miséria.
Vamos pensar por outro ângulo. O que
leva uma pessoa à miséria? É a falta de emprego, certo? Como resolvemos
este problema? Criando empregos. Como se cria empregos? Criando
empresas. E quem cria empresas? Só existem duas opções aqui: ou o setor
público ou o setor privado. Sabemos o setor público carece de boa
administração. Sobra o setor privado. Resumo da ópera: quanto mais se
incentivar a iniciativa privada, mais empregos teremos e, com isso,
menos miseráveis.
Ainda explorando este pensamento.
Por que os empregados privados de países miseráveis ganham tão mal?
Dizer que é culpa do capitalismo não é coerente, pois acabamos de ver
que o capitalismo gera empresas e empresas geram empregos. Ou seja, se
não fosse o capitalismo, esses mesmos que ganham pouco, não ganhariam
nada, pois não trabalhariam em uma empresa privada. E então?
A resposta para nossa pergunta é a
seguinte: nesses países há um número pequeno de empresas e um número
grande de miseráveis. Assim, o empregado não tem muita opção de emprego e
precisa se submeter a baixos salários. E as poucas empresas, por sua
vez, tem um número enorme de mão de obra disponível, podendo escolher os
melhores à baixo custo.
MAS se aumentamos o número de
empresas, temos mais empregos. Com mais empregos, o empregado tem mais
opções de escolha e as empresas, por sua vez, precisam disputar entre si
os melhores funcionários do mercado.
Concomitantemente, o aumento de
empregos e a diminuição de preços causada pela concorrência entre as
empresas torna, gradualmente, a condição financeira da sociedade um
pouco melhor. Isso resulta em mais investimentos pessoais em
especializações, elevando a qualidade da mão de obra disponível no
mercado. O que se segue depois de alguns anos são boas economias e bons
IDH's.
Esse tipo de dinâmica não é teoria.
Vê-se isso em países como Nova Zelândia, Austrália, Canadá, Cingapura,
Suíça, Japão e Hong Kong. Estes são os países mais capitalistas do
mundo, países que sempre figuram nas primeiras posições de rankings como
o de "Facilidade de se fazer negócios" e o de "Liberdade Econômica". E,
não por acaso, os países que ocupam as piores posições desses rankings
(isto é, os menos capitalistas) são os mais miseráveis. Procure pelos
países africanos, só para fazer um teste.
Aí eu te pergunto: o capitalismo gera mesmo miséria?
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