14/04/2014 06h00
Graça Foster dará explicações sobre compra de Pasadena na terça (15).
Há suspeita de superfaturamento na aquisição de refinaria no Texas (EUA).
A oposição classifica como “manobra” a ida da presidente da Petrobras,
Graça Foster, ao Senado para dar explicações sobre a compra da refinaria
de Pasadena, no Texas (EUA). Oposicionistas ouvidos pelo G1
encaram a audiência, marcada para esta terça-feira (15), como uma
tentativa do governo de “esvaziar” a CPI. Eles garantem, no entanto, que
a presidente da estatal “não terá missão fácil”.
Na semana passada, o PT havia cancelado a audiência com a presidente da Petrobras e com o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) sob o argumento de que, com a iminência de instalação de CPI, ambos certamente seriam convocados para prestar esclarecimentos. Foster e Lobão haviam sido convidados para falar sobre a aquisição da refinaria, suspeita de superfaturamento.
Na quinta-feira (10), porém, o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Lindbergh Farias (PT-RJ), remarcou a audiência entre os senadores e Foster porque, segundo o petista, ela teria insistido em prestar esclarecimentos aos senadores.
O “vai-não-vai” de Graça Foster, para o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), demonstra a tentativa do governo de esvaziar a CPI mostrando que está disposto a dar explicações. “Claro que é uma manobra. Basta ver que primeiro eles procrastinaram e agora prepararam um script para ela cumprir”, criticou o democrata.
Lindbergh disse que a ida de Foster poderá “baixar a temperatura” em torno do caso da Petrobras. “Ela pode dar alguma opinião sobre o momento dela na Petrobras. Agora, quem imaginar que ela vá ocupar um espaço que uma CPI poderia ocupar está enganado”, rebateu Agripino.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que lidera o grupo que pleiteia a instalação de CPI para investigar exclusivamente a Petrobras, criticou o modelo das audiências públicas no Senado. Ele questiona que não é possível debater com o depoente, que responde a perguntas feitas em bloco. “Ela vai responder o que desejar”, disse.
“Creio que o objetivo é obviamente tentar esvaziar a CPI, mas não creio que tenha qualquer repercussão”, afirmou Dias. Para o senador, se Foster não reconhecer que a compra de Pasadena foi um “mau negócio”, ela “perderá seu tempo”. “Não é uma missão fácil e certamente não será bem sucedida”, declarou.
O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP), disse que, além da compra de Pasadena, Foster será indagada sobre assuntos diversos, como a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco e os “estranhos” negócios da Petrobras na Argentina, alvo de inquérito da Polícia Federal. A presidente também deverá falar sobre dados relativos à gestão que levaram a perda do valor patrimonial da empresa e a queda no faturamento.
Abrangência da CPI
Na terça-feira o plenário do Senado votará o relatório que definirá a abrangência das investigações na CPI. A oposição quer uma CPI exclusivamente para investigar a Petrobras. Já os parlamentares aliados ao governo tentam instalar uma comissão para apurar também as suspeitas de cartel no Metrô de São Paulo e irregularidades no Porto de Suape, em Pernambuco - estados administrados pelo PSDB e PSB.
Na semana passada, a Comissão de Constituição e Justiça decidiu que a CPI será ampla, mas a palavra final será dada pelo plenário. A oposição argumenta que, ao acrescentar outros temas, o governo pretende “embaralhar” a comissão de inquérito a fim de evitar uma investigação aprofundada sobre a Petrobras.
Há ainda expectativa entre os senadores de que, na próxima semana, a ministra do Supremo Tribunal Federal Rosa Weber dê decisão liminar (provisória) sobre qual comissão – a da oposição ou a do governo – deverá ser instalada no Senado.
Comissão mista
Está marcada para a noite de terça-feira sessão conjunta do Congresso Nacional na qual poderão ser lidos dois requerimentos de criação de uma CPI mista, com participação de deputados e senadores. A exemplo do que ocorreu no Senado, o governo reagiu ao pedido de CPMI da oposição e propôs uma comissão ampliada também no âmbito do Congresso.
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Na semana passada, o PT havia cancelado a audiência com a presidente da Petrobras e com o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) sob o argumento de que, com a iminência de instalação de CPI, ambos certamente seriam convocados para prestar esclarecimentos. Foster e Lobão haviam sido convidados para falar sobre a aquisição da refinaria, suspeita de superfaturamento.
Na quinta-feira (10), porém, o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Lindbergh Farias (PT-RJ), remarcou a audiência entre os senadores e Foster porque, segundo o petista, ela teria insistido em prestar esclarecimentos aos senadores.
O “vai-não-vai” de Graça Foster, para o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), demonstra a tentativa do governo de esvaziar a CPI mostrando que está disposto a dar explicações. “Claro que é uma manobra. Basta ver que primeiro eles procrastinaram e agora prepararam um script para ela cumprir”, criticou o democrata.
Lindbergh disse que a ida de Foster poderá “baixar a temperatura” em torno do caso da Petrobras. “Ela pode dar alguma opinião sobre o momento dela na Petrobras. Agora, quem imaginar que ela vá ocupar um espaço que uma CPI poderia ocupar está enganado”, rebateu Agripino.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que lidera o grupo que pleiteia a instalação de CPI para investigar exclusivamente a Petrobras, criticou o modelo das audiências públicas no Senado. Ele questiona que não é possível debater com o depoente, que responde a perguntas feitas em bloco. “Ela vai responder o que desejar”, disse.
“Creio que o objetivo é obviamente tentar esvaziar a CPI, mas não creio que tenha qualquer repercussão”, afirmou Dias. Para o senador, se Foster não reconhecer que a compra de Pasadena foi um “mau negócio”, ela “perderá seu tempo”. “Não é uma missão fácil e certamente não será bem sucedida”, declarou.
O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP), disse que, além da compra de Pasadena, Foster será indagada sobre assuntos diversos, como a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco e os “estranhos” negócios da Petrobras na Argentina, alvo de inquérito da Polícia Federal. A presidente também deverá falar sobre dados relativos à gestão que levaram a perda do valor patrimonial da empresa e a queda no faturamento.
Abrangência da CPI
Na terça-feira o plenário do Senado votará o relatório que definirá a abrangência das investigações na CPI. A oposição quer uma CPI exclusivamente para investigar a Petrobras. Já os parlamentares aliados ao governo tentam instalar uma comissão para apurar também as suspeitas de cartel no Metrô de São Paulo e irregularidades no Porto de Suape, em Pernambuco - estados administrados pelo PSDB e PSB.
Na semana passada, a Comissão de Constituição e Justiça decidiu que a CPI será ampla, mas a palavra final será dada pelo plenário. A oposição argumenta que, ao acrescentar outros temas, o governo pretende “embaralhar” a comissão de inquérito a fim de evitar uma investigação aprofundada sobre a Petrobras.
Há ainda expectativa entre os senadores de que, na próxima semana, a ministra do Supremo Tribunal Federal Rosa Weber dê decisão liminar (provisória) sobre qual comissão – a da oposição ou a do governo – deverá ser instalada no Senado.
Comissão mista
Está marcada para a noite de terça-feira sessão conjunta do Congresso Nacional na qual poderão ser lidos dois requerimentos de criação de uma CPI mista, com participação de deputados e senadores. A exemplo do que ocorreu no Senado, o governo reagiu ao pedido de CPMI da oposição e propôs uma comissão ampliada também no âmbito do Congresso.
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