Do UOL, em São Paulo e no Rio
Centenas de manifestantes retirados do prédio da Oi, no Engenho Novo, e
acampados desde então diante da Prefeitura do Rio entraram em confronto
na manhã desta segunda-feira (14) com a Guarda Municipal, quando
ocuparam por alguns minutos uma das pistas da avenida Presidente Vargas.
Os manifestantes estenderam uma grande bandeira preta na pista e interditaram o trânsito em direção à Candelária, quando homens da Guarda Municipal munidos de cassetes e escudos intervieram e foram recebidos a pedradas e garrafas de água pelos manifestantes.
Os guardas usaram cassetetes e houve muita confusão e correria, apesar
dos organizadores pedirem a todo momento, do alto de carros de som, para
que não houvesse reação, porque haviam muitas crianças e idosos
presentes.
Para liberar a pista, os guardas municipais usaram bombas de gás lacrimogêneo e cassetetes para dispersar a multidão. Os guardas municipais fizeram uma barreira humana para impedir que a avenida Presidente Vargas fosse novamente fechada, mas como a situação acalmou, eles desfizeram o cordão de isolamento.
De acordo com Zezé, uma das líderes da ocupação do prédio da Oi, a confusão foi desnecessária. "Quem fez isso não estava na ocupação da Telerj. Tudo que queremos é uma solução definitiva. Nada de abrigo ou qualquer coisa temporária. Temos um caderno com nomes de pessoas que precisam ser cadastradas e vamos apresentá-lo à prefeitura", disse ela.
"Jogaram gás na direção da passarela [da concessionária MetrôRio, onde mães com crianças se abrigavam da chuva], mesmo vendo um monte de bebês. Minha filha tem 1 ano e 9 meses e ficou chorando e tossindo", disse a dona de casa Ana Claudia dos Santos, de 30 anos.
Ela está no acampamento desde sexta e prefere ficar ao relento a morar de favor na casa da tia na favela do Jacarezinho, nos arredores do terreno da Oi. "Tenho quatro filhos e minha tia tem mais quatro. Não cabe todo mundo [na casa]".
Fernanda Aldir, de 34 anos, estava com um filho de 2 meses no carrinho. "Vim para cá para escapar da chuva. Não tenho onde morar, porque não consigo pagar o aluguel de R$ 450 que pagava no Jacarezinho", justificou ela.
A Prefeitura alega que não tem casas disponíveis para todos. Por outro lado, os desabrigados sustentam que só sairão da frente do prédio municipal quando surgir uma solução imediata.
Mesmo depois do enfrentamento, cerca de 300 pessoas continuam acampadas sob chuva em frente à sede da Prefeitura do Rio, à espera de uma promessa de moradia.
Uma comissão formada pelos desabrigados entrou no prédio para uma reunião com representantes da Prefeitura na tentativa de chegar a um acordo, no ínicio da tarde.
Perla Soares, outra líder do movimento, contou que haverá nova reunião, na terça (15), às 9h, também na sede da prefeitura, para que esta apresente sua contraproposta.
(Com Agência Brasil e Agência Estado)
Os manifestantes estenderam uma grande bandeira preta na pista e interditaram o trânsito em direção à Candelária, quando homens da Guarda Municipal munidos de cassetes e escudos intervieram e foram recebidos a pedradas e garrafas de água pelos manifestantes.
Para liberar a pista, os guardas municipais usaram bombas de gás lacrimogêneo e cassetetes para dispersar a multidão. Os guardas municipais fizeram uma barreira humana para impedir que a avenida Presidente Vargas fosse novamente fechada, mas como a situação acalmou, eles desfizeram o cordão de isolamento.
De acordo com Zezé, uma das líderes da ocupação do prédio da Oi, a confusão foi desnecessária. "Quem fez isso não estava na ocupação da Telerj. Tudo que queremos é uma solução definitiva. Nada de abrigo ou qualquer coisa temporária. Temos um caderno com nomes de pessoas que precisam ser cadastradas e vamos apresentá-lo à prefeitura", disse ela.
"Jogaram gás na direção da passarela [da concessionária MetrôRio, onde mães com crianças se abrigavam da chuva], mesmo vendo um monte de bebês. Minha filha tem 1 ano e 9 meses e ficou chorando e tossindo", disse a dona de casa Ana Claudia dos Santos, de 30 anos.
Ela está no acampamento desde sexta e prefere ficar ao relento a morar de favor na casa da tia na favela do Jacarezinho, nos arredores do terreno da Oi. "Tenho quatro filhos e minha tia tem mais quatro. Não cabe todo mundo [na casa]".
Fernanda Aldir, de 34 anos, estava com um filho de 2 meses no carrinho. "Vim para cá para escapar da chuva. Não tenho onde morar, porque não consigo pagar o aluguel de R$ 450 que pagava no Jacarezinho", justificou ela.
A Prefeitura alega que não tem casas disponíveis para todos. Por outro lado, os desabrigados sustentam que só sairão da frente do prédio municipal quando surgir uma solução imediata.
Mesmo depois do enfrentamento, cerca de 300 pessoas continuam acampadas sob chuva em frente à sede da Prefeitura do Rio, à espera de uma promessa de moradia.
Uma comissão formada pelos desabrigados entrou no prédio para uma reunião com representantes da Prefeitura na tentativa de chegar a um acordo, no ínicio da tarde.
Perla Soares, outra líder do movimento, contou que haverá nova reunião, na terça (15), às 9h, também na sede da prefeitura, para que esta apresente sua contraproposta.
(Com Agência Brasil e Agência Estado)
Nenhum comentário:
Postar um comentário