O blog recebeu a informação de que o PT bateu o martelo e, para
evitar exposição do seu mais novo suspeito de corrupção, improbidade
administrativa, lavagem de dinheiro e outras imputações, ouvirá o
deputado André Vargas, hoje, no Instituto Lula, em São Paulo. O horário
ainda não está marcado.A matéria abaixo é do Valor Econômico.
O PT vai tentar evitar a exposição do deputado federal
licenciado André Vargas (PR) no depoimento que ele prestará nesta segunda-feira
à comissão do partido designada para ouvi-lo sobre as relações com o doleiro
Alberto Youssef. O objetivo é impedir que o parlamentar seja fotografado ou
questionado por jornalistas.
Por isso, o depoimento não acontecerá na sede da legenda, no
Centro de São Paulo. O local está sendo mantido em segredo. Segundo Alberto
Cantalice, um dos três integrantes da comissão, Vargas pode ser ouvido
"num hotel, no escritório de alguém ou em um restaurante". “Ele está sendo pressionado. Queremos que tenha
tranquilidade para falar”, afirmou Cantalice.
Na noite de quinta-feira, o deputado foi visto em um
restaurante da região da Avenida Paulista com o secretário de organização do
PT, Florisvaldo Souza, outro integrante da comissão. Vargas usou um jatinho
pago pelo doleiro para viajar de férias com a família em janeiro deste ano.
Além disso, a Polícia Federal interceptou troca de mensagens de texto pelo
celular entre ele e Youssef sobre a negociação de contrato de um laboratório com
o Ministério da Saúde.
A comissão, que é formada também por Carlos Árabe, vai
produzir um relatório sobre o depoimento de Vargas para ser apresentado à
Executiva do PT na próxima reunião, prevista para acontecer depois da Páscoa. A
executiva decidirá, então, se leva o caso para a Comissão de Ética. “Por enquanto, só tem o que saiu na imprensa. Por isso, ele
vai poder explicar”, disse Cantalice.
Caso seja levado à Comissão de Ética do PT e punido, Vargas
poderá ser expulso do partido ou suspenso. Na reunião da semana passada para
discutir a situação do parlamentar, algumas correntes petistas, como a Mensagem
ao Partido, defenderam punição imediata. Integrantes da CNB, a corrente do
deputado e que é majoritária no PT, conseguiram contornar a situação,
permitindo a formação da comissão.
Cantalice nega que o destino do deputado dentro do PT já
tenha sido definido. “Tudo o que tem se falado até agora é especulação”. O
deputado também é alvo de um processo no Conselho de Ética da Câmara.
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