quarta-feira, 11 de junho de 2014

Consumidor já paga juro médio de 100.76% ao ano, mas presidenciáveis não ligam para a usura


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Dá para sobreviver bem e produzir tranquilamente em um Brasil com juros médios de 100,76% ao ano para os consumidores? A complicada resposta é o grande tema que tende a ficar de fora do debate eleitoral deste ano sem graça de 2014. Nem a perdida Dilma Rousseff e muito menos seus adversários Aécio Neves (o social-democrata) e Eduardo Campos (o socialista) vão tocar na delicada submissão do capimunismo brasileiro ao lucrativo poder da usura bancária.

Azar do cidadão-eleitor-contribuinte. Além de juros altos, que complicam a vida quem se vê obrigado a fazer dívidas, o brasileiro continuará pagando impostos escorchantes para sustentar o desperdício e a corrupção da máquina pública, os gastos crescentes com as bolsas-votos (fabricantes de vagabundos morais) e o permanente aumento da impagável dívida pública da União, Estados e municípios. A agiotagem compulsória e a improdutividade sistêmica tendem a passar longe do debate eleitoral no País sob governança do crime organizado. 

No Brasil, realmente, tudo parece que está além de 100%... A começar pelos juros estratosféricos… levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac) confirma que o brasileiro convive com o inferno da usura oficial. No cartão de crédito, o juro anual chega a 232,12%. O cheque especial tem usura anual de 158,04%. O empréstimo pessoal oferecido por financeiras atinge absurdos 132,65%. O mesmo esquema dos bancos esfola o correntista em 49,54%.

É fácil entender por que muitos estão devolvendo os carros que compram em infindáveis prestações. Os juros anuais do crédito direto ao consumidor (CDC) para compra de veículos subiu de 23,58% em abril para 23,87% em maio. A situação também é complicada para quem não tem grana para pagar á vista nas compras comuns. As taxas de juros cobradas no comércio para aquisições a prazo atingem 71,94% ao ano. Fora os juros altíssimos, o consumidor ainda tem de arcar com taxas maquiadas na hora de liberar o financiamento.

Os indicadores tornam ainda mais irresponsável o discurso do mito Luiz Inácio Lula da Silva – que deu uma comida de rabo pública no Secretário do Tesouro Nacional, cobrando que a equipe econômica da sua companheiro Dilma Rousseff libere mais dinheiro para o crédito, incentivando o consumo e, por extensão, permitindo mais felicidade ao eleitor que anda PT da vida com o governo.

Lula, que já está com o boi na sombra, como um dos políticos mais ricos do mundo, não tem problemas de crédito, pois tem dinheiro suficiente para comprar o que quiser à vista. Mas o brasileiro comum – inclusive aqueles que o endeusam – são obrigados a pagar os juros mais altos do planeta, para que os bancos continuem batendo recordes de lucros, enquanto refinanciam a falência estrutural do Estado tupiniquim.

Além da usura

O estudo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças verificou que bancos e financeiras têm elevado suas taxas em ritmo mais acelerado que o do crescimento da taxa Selic.

Enquanto o Comitê de Política Monetária (CPOM) do Banco Central do Brasil subiu os juros básicos em 3,75 pontos percentuais entre março de 2013 e maio deste ano, para 11%, a taxa média de juros para pessoa física cresceu 12,79 pontos percentuais no mesmo período.

O salto da usura foi de 87,97% para 100,76% ao ano – o que serve de explicação automática para o desgaste da imagem do governo junto à classe média.

BH23



Tucanos soltam petardos misteriosos mandando Lula tomar cuidado com uma coisa chamada BH23...

Mesmo que ninguém saiba direito o que significa tal código, a Receita Inteligente é para Lula se poupar e se movimentar menos.

Do contrário, seu principado pode ter muitos problemas no fim do saldo político e eleitoral.   

  
Dilma desmilinguindo

Retrato da corrupção in Brazil

O Fantástico veiculou uma reportagem mostrando como funciona a corrupção política no Brasil.

Tudo baseado no livro “Nobre Deputado” (editora Leya), escrito pelo juiz Márlon Reis, que atua no Maranhão.

Márlon foi um dos redatores da Lei da Ficha Limpa e fundados do MCCE (Movimento contra a Corrupção Eleitoral)

Bola rolando


Desencontro permanente

O senador petista Eduardo Suplicy – que ainda corre o risco de perder sua vaga se o chefão Lula resolver disputar o senado pelo estado de São Paulo - anda muito magoado com a Presidenta Dilma Rousseff.

“Vou me encontrar com ela domingo, na convenção do PT. Estou tentando um encontro com ela desde janeiro e não consigo”.

Dilma deve ter mais de 13 motivos para não querer falar com o ex-marido da sua ministra da Cultura...

Fome de vira lata

Briga de touro grande

A petralhada ficou tristonha porque o grupo brasileiro JBS perdeu a batalha com a Tyson Foods na disputa pelo controle da fabricante de alimentos embutidos norte-americana Hillshire Brands.

A Hillshire é uma das líderes no mercado de carnes processadas nos Estados Unidos e é dona de marcas conhecidas, como Sara Lee, Jimmy Dean e Ball Park.

A JBS contava com a vitória para facilitar as velozes operações que vem fazendo de reestruturação de sua composição de capital, que tinha a simpatia e o empenho de muitos investidores petistas...

Gastança na Copa do Jegue



Putaria com o câmbio


A Boomberg informa que, na Venezuela, onde a prostituição é legalizada, mas a troca de divisas é proibida, as prostitutas estão atuando como operadoras de câmbio na Zona Portuária.

Com a escassez de dólares na praça, a moeda americana vale 11 vezes mais no mercado paralelo que na cotação oficial (6,3 bolívares) do país desgovernado por Nicolas Maduro, que importa 70% dos bens que consome.

Assim, em Puerto Cabello, além de cobrar dos marinheiros estrangeiros uma taxa fixa de US$ 60 por hora, as primas ainda conseguem dólares arranjando hospedagem, chips de celular e transporte para visitantes.

Rumo à Copa do Jegue


Marcello Alencar


O ex-Governador (1995-1999) e ex-Prefeito do Rio de Janeiro (1989-1992) Marcello Nunes de Alencar faleceu às 4h 15min da madrugada desta terça-feira, aos 88 anos, em seu apartamento, em São Conrado, no Rio de Janeiro.

O velório será a partir das 9h, no Palácio da Cidade.

Por seus problemas de saúde, Marcello, que já tinha sofrido dois AVCs, só de deslocava em cadeira de rodas e tinha problemas na fala, foi obrigado a se afastar da política – que sempre foi sua paixão.

Pessoalmente, eu lamento porque Deus leva um dos poucos amigos sinceros que fiz na política... Descanse em paz, Velho Barreiro...

© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 10 de Junho de 2014.

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