Edição
do Alerta Total – www.alertatotal.net
Dá para sobreviver
bem e produzir tranquilamente em um Brasil com juros médios de 100,76% ao ano
para os consumidores? A complicada resposta é o grande tema que tende a ficar
de fora do debate eleitoral deste ano sem graça de 2014. Nem a perdida Dilma
Rousseff e muito menos seus adversários Aécio Neves (o social-democrata) e
Eduardo Campos (o socialista) vão tocar na delicada submissão do capimunismo
brasileiro ao lucrativo poder da usura bancária.
Azar do cidadão-eleitor-contribuinte.
Além de juros altos, que complicam a vida quem se vê obrigado a fazer dívidas,
o brasileiro continuará pagando impostos escorchantes para sustentar o
desperdício e a corrupção da máquina pública, os gastos crescentes com as
bolsas-votos (fabricantes de vagabundos morais) e o permanente aumento da
impagável dívida pública da União, Estados e municípios. A agiotagem
compulsória e a improdutividade sistêmica tendem a passar longe do debate
eleitoral no País sob governança do crime organizado.
No Brasil,
realmente, tudo parece que está além de 100%... A começar pelos juros
estratosféricos… levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças
(Anefac) confirma que o brasileiro convive com o inferno da usura oficial. No
cartão de crédito, o juro anual chega a 232,12%. O cheque especial tem usura
anual de 158,04%. O empréstimo pessoal oferecido por financeiras atinge
absurdos 132,65%. O mesmo esquema dos bancos esfola o correntista em 49,54%.
É fácil entender
por que muitos estão devolvendo os carros que compram em infindáveis
prestações. Os juros anuais do crédito direto ao consumidor (CDC) para compra
de veículos subiu de 23,58% em abril para 23,87% em maio. A situação também é
complicada para quem não tem grana para pagar á vista nas compras comuns. As
taxas de juros cobradas no comércio para aquisições a prazo atingem 71,94% ao
ano. Fora os juros altíssimos, o consumidor ainda tem de arcar com taxas
maquiadas na hora de liberar o financiamento.
Os indicadores
tornam ainda mais irresponsável o discurso do mito Luiz Inácio Lula da Silva –
que deu uma comida de rabo pública no Secretário do Tesouro Nacional, cobrando
que a equipe econômica da sua companheiro Dilma Rousseff libere mais dinheiro
para o crédito, incentivando o consumo e, por extensão, permitindo mais
felicidade ao eleitor que anda PT da vida com o governo.
Lula, que já está
com o boi na sombra, como um dos políticos mais ricos do mundo, não tem
problemas de crédito, pois tem dinheiro suficiente para comprar o que quiser à
vista. Mas o brasileiro comum – inclusive aqueles que o endeusam – são obrigados
a pagar os juros mais altos do planeta, para que os bancos continuem batendo
recordes de lucros, enquanto refinanciam a falência estrutural do Estado
tupiniquim.
Além da usura
O estudo da Associação
Nacional dos Executivos de Finanças verificou que bancos e financeiras têm
elevado suas taxas em ritmo mais acelerado que o do crescimento da taxa Selic.
Enquanto o Comitê
de Política Monetária (CPOM) do Banco Central do Brasil subiu os juros básicos
em 3,75 pontos percentuais entre março de 2013 e maio deste ano, para 11%, a
taxa média de juros para pessoa física cresceu 12,79 pontos percentuais no
mesmo período.
O salto da usura
foi de 87,97% para 100,76% ao ano – o que serve de explicação automática para o
desgaste da imagem do governo junto à classe média.
BH23
Tucanos soltam petardos misteriosos mandando Lula tomar cuidado com uma coisa chamada BH23...
Mesmo que ninguém
saiba direito o que significa tal código, a Receita Inteligente é para Lula se
poupar e se movimentar menos.
Do contrário, seu
principado pode ter muitos problemas no fim do saldo político e eleitoral.
Dilma
desmilinguindo
Retrato da
corrupção in Brazil
O Fantástico
veiculou uma reportagem mostrando como funciona a corrupção política no Brasil.
Tudo baseado no
livro “Nobre Deputado” (editora Leya), escrito pelo juiz Márlon Reis, que atua
no Maranhão.
Márlon foi um dos
redatores da Lei da Ficha Limpa e fundados do MCCE (Movimento contra a
Corrupção Eleitoral)
Bola rolando
Desencontro
permanente
O senador petista Eduardo Suplicy – que ainda corre o risco de perder sua vaga se o chefão Lula resolver disputar o senado pelo estado de São Paulo - anda muito magoado com a Presidenta Dilma Rousseff.
“Vou me encontrar com ela domingo, na convenção do PT. Estou tentando um encontro com ela desde janeiro e não consigo”.
Dilma deve ter mais de 13 motivos para não querer falar com o ex-marido da sua ministra da Cultura...
Fome de vira lata
Briga de touro
grande
A petralhada ficou
tristonha porque o grupo brasileiro JBS perdeu a batalha com a Tyson Foods na
disputa pelo controle da fabricante de alimentos embutidos norte-americana
Hillshire Brands.
A Hillshire é uma
das líderes no mercado de carnes processadas nos Estados Unidos e é dona de
marcas conhecidas, como Sara Lee, Jimmy Dean e Ball Park.
A JBS contava com a
vitória para facilitar as velozes operações que vem fazendo de reestruturação
de sua composição de capital, que tinha a simpatia e o empenho de muitos investidores
petistas...
Gastança na Copa do
Jegue
Putaria com o câmbio
A Boomberg informa que, na Venezuela, onde a prostituição é legalizada, mas a troca de divisas é proibida, as prostitutas estão atuando como operadoras de câmbio na Zona Portuária.
Com a escassez de dólares na praça, a moeda americana vale 11 vezes mais no mercado paralelo que na cotação oficial (6,3 bolívares) do país desgovernado por Nicolas Maduro, que importa 70% dos bens que consome.
Assim, em Puerto Cabello, além de cobrar dos marinheiros estrangeiros uma taxa fixa de US$ 60 por hora, as primas ainda conseguem dólares arranjando hospedagem, chips de celular e transporte para visitantes.
Rumo à Copa do Jegue
Marcello Alencar
O ex-Governador
(1995-1999) e ex-Prefeito do Rio de Janeiro (1989-1992) Marcello Nunes de
Alencar faleceu às 4h 15min da madrugada desta terça-feira, aos 88 anos, em seu
apartamento, em São Conrado, no Rio de Janeiro.
O velório será a
partir das 9h, no Palácio da Cidade.
Por seus problemas
de saúde, Marcello, que já tinha sofrido dois AVCs, só de deslocava em cadeira
de rodas e tinha problemas na fala, foi obrigado a se afastar da política – que
sempre foi sua paixão.
Pessoalmente, eu
lamento porque Deus leva um dos poucos amigos sinceros que fiz na política...
Descanse em paz, Velho Barreiro...
© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 10 de Junho de 2014.
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