Para presidente do Senado, assunto deveria ser discutido no Congresso.
Política Nacional de Participação Popular foi assinada por Dilma no dia 23.
O presidente do Senado, Renan Calheiros
O decreto gerou críticas de partidos da oposição, que consideram haver invasão da esfera de atuação dos parlamentares nas decisões políticas e na criação de leis.
Em discurso no plenário, Renan Calheiros disse que, por realizar mudanças na estrutura dos órgãos públicos, a política decretaada por Dilma deveria ter sido legitimada pelo Congresso, com discussão prévia e aprovação pelos parlamentares.
"Sempre defendi a participação popular, mas não é aconselhável que se utilize de um decreto para tal [...]. Quem representa o povo é o Congresso. O ideal é que a proposta seja enviada através de um projeto de lei ou mesmo através de uma medida provisória, para que sejam aqui aprimorados, possam receber aprimoramento de deputados e senadores", disse Renan.
Depois, sem explicitar se apoiará uma derrubada do decreto pelo Congresso, ele disse: "haveremos de interditar qualquer ensaio na tentativa de barrar o livre debate no país".
Na última quinta-feira (5), em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, Dilma defendeu o instituição da nova política.
Parlamentares apoiam
Após o discurso, parlamentares da oposição e da base aliada apoiaram Renan. O senador Alvaro Dias (PSDB-PR), autor de projeto de decreto legislativo que susta o decreto presidencial, subiu à tribuna do para criticar o decreto.
"Esse decreto dispensa o Congresso legislativo. Em temas de grande importância, não se pode prescindir do Congresso. Essa cópia de modelo cubano ou venezuelano não estimula o modelo democrático, se configura de flagrante processo que tem que ser repelido", declarou. A proposta de Álvaro tramita na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), da base aliada do governo, também questionou o texto assinado por Dilma Rousseff. "Acredito que poderia até ser apresentado por medida provisória”, declarou.
Na última quinta-feira (5), em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, Dilma defendeu o instituição da nova política. "Nós somos a favor da consulta, nós somos a favor da participação de todos os segmentos no processo de estruturação das políticas do governo", disse Dilma. "Muitas cabeças pensam mais do que só a cabeça do Executivo, muitas cabeças. É uma convicção que nós temos", completou.
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