A Copa começa amanhã e só a metade do que foi prometido está pronto.
Ninguém cobrou que estivesse, mas Lula e Dilma se comprometeram dezenas
vezes com o tal "legado" da Copa. Não cumpriram as promessas. Agora
Dilma culpa a falta de projeto.
A falta de projeto tem um nome: Lula,
aquele que disse que deixaria uma prateleira de projetos e não deixou
nenhum. Assim a Copa imita o resto do governo do PT. Um governo meia
boca, onde não tem mais trem-bala, onde a transposição do Rio São
Francisco está cinco anos atrasada, onde a Ferrovia Norte-Sul anda aos
pedaços, praticamente sem sair do lugar.
Lula e Dilma não deram conta da
Copa, mesmo tendo sete anos para isso. Assim como em doze anos não
fizeram as mudanças que o Brasil precisava. Leiam, a seguir, matéria do
G1.
Faltando um dia para o início da
Copa do Mundo no Brasil, apenas 50,6% das obras de mobilidade urbana e
aeroportos nas cidades-sede foram entregues, segundo um levantamento feito pelo
G1. Dos 44 projetos inaugurados, 14 estão incompletos por causa de atrasos e
cancelamentos.
Das 74 obras de mobilidade e das
13 em aeroportos, 33 foram descartadas para a Copa e devem ficar prontas
somente depois da competição. A inauguração de outras dez deve acontecer até
esta quinta-feira (12) ou durante os jogos, segundo os gestores.
Entre as justificativas apontadas
para o atraso ou cancelamento dos projetos estão burocracia, imprevistos,
disputas judiciais sobre desapropriações, modificação nos planejamentos
iniciais e problemas com empresas contratadas, entre outros.
No Rio Grande do Sul, de 11
obras, nove devem ser entregues apenas após o Mundial. Em dezembro de 2013, a
Prefeitura de Porto Alegre já havia afirmado que a maioria dos projetos será
entregue somente depois do evento. Agora, o Executivo diz estar concentrado nas
obras do entorno do Estádio Beira-Rio, cuja finalização está prevista para este
domingo (15), durante a competição.
Em Mato Grosso, das dez obras
previstas em Cuiabá, sete devem ser concluídas só depois da Copa. Entre elas,
está a ampliação do Aeroporto Internacional Marechal Rondon, que sofreu atrasos
por causa de adequações no projeto. A reforma deve ser concluída em agosto.
Já no Rio, três das quatro obras
previstas foram entregues – sendo duas incompletas. A Estação Multimodal, única não entregue,
deve ser inaugurada neste domingo. (Veja na tabela no fim do texto a situação
das obras prometidas para a Copa em cada uma das 12 cidades-sede.)
De acordo com o Ministério das
Cidades, desde 2007 o governo federal destinou R$ 143 bilhões para
investimentos em mobilidade, sendo que R$ 102 bilhões (71,3%) são para obras nas
cidades-sede do Mundial. A responsabilidade da execução é dos governo estaduais
e municipais.
"Todas as obras previstas
inicialmente continuam com recursos de financiamento público com juros
subsidiados disponíveis e serão concluídas conforme cronograma de execução. Até
o momento, oito obras de mobilidade urbana já estão concluídas e 18 empreendimentos
estão em operação. O restante está em execução pelos governos estaduais e
municipais e será entregue na medida em que for concluído por parte das
cidades-sede", informou a pasta, sem dar detalhes sobre cada projeto.
O ministério apontou como uma das
principais dificuldades para o andamento das obras a fragilidade ou a falta de
planejamentos de qualidade. "No desenvolvimento dos projetos básicos, o
governo federal observou a necessidade de readequações, seja pela redução do
número de desapropriações/reassentamentos, por questões ambientais ou de
engenharia."
Sobre as desapropriações e
conflitos de habitação – que foi um dos principais motivos de atrasos em obras
e também bandeira em protestos pelo país contra a realização da Copa –, o
Ministério das Cidades informou que cada município deve alcançar um equilíbrio
"entre as soluções para o transporte coletivo e as demandas
habitacionais".
Aeroportos
Dos 13 aeroportos das
cidades-sede (incluindo o de Viracopos, em Campinas, que serve de acesso a São
Paulo), nove foram entregues, de acordo com o levantamento do G1. Desses,
quatro ainda têm pendências e obras inacabadas.
De acordo com o secretário
executivo da Secretaria de Aviação Civil, Guilherme Ramalho, a pasta está
"satisfeita e otimista" com o andamento das obras. Segundo ele,
considerando todos os aeroportos que atendem as capitais brasileiras, foram
investidos R$ 11,3 bilhões entre 2011 e 2014. Foram construídos 1,4 milhão de
m² de novos pátios, e a área de terminal dobrou.
Ramalho ressaltou que o setor,
que está com um crescimento médio de 10% ao ano, deve continuar em obras pelos
próximos dez anos. "A Copa funcionou como um catalisador, mas não fizemos
investimento para ela, tanto que temos obras que vão continuar depois. Não faz
sentido fazer aeroporto só para a Copa, não é como estádio", diz.
Entre os aeroportos das
cidades-sede, o caso mais emblemático é o de Fortaleza, cujo contrato de obra
foi rescindido. Um terminal provisório remoto apelidado de ''puxadinho'' vai
ser usado como uma das áreas de embarque durante a Copa. A estrutura custou R$
1,79 milhão.
Apesar dos atrasos, Ramalho
afirma que Fortaleza está preparada para receber os turistas na Copa, assim
como as outras capitais. "Quanto tem um conjunto de obras desse tamanho,
há dificuldades. Às vezes dá azar. Em Fortaleza aconteceu isso. Suprimimos a
obra do terminal, que deu problema com a empresa contratada, com uma estrutura
provisória."
Além disso, o projeto de
Fortaleza foi contratado com o prazo de entrega para 2017, segundo o secretário
executivo. "O que se previa é que tivesse uma entrega parcial, de 25%, em
junho de 2014. Não foi entregue, mas a parte de pátio foi concluída, o que
aumentou a capacidade", diz Ramalho.
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