quarta-feira, 11 de junho de 2014

Brasil anuncia novo acordo automotivo com a Argentina





Informação foi divulgada nesta quarta pelo Ministério do Desenvolvimento.


Países figuram entre principais produtores e fortes e laços, diz ministro.

 Do G1, em Brasília
 
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informou que os governos do Brasil e da Argentina assinaram nesta quarta-feira (11), em Buenos Aires, um novo acordo automotivo para vigorar de 1º de julho de 2014 a 30 de junho de 2015.

O documento estabelece a retomada do comércio de veículos entre os dois países, sem a cobrança de imposto de importação, de forma proporcional. No novo texto, para cada US$ 1 milhão em automóveis comprados da Argentina, por exemplo, o Brasil poderá exportar até US$ 1,5 milhão isento de imposto.

"A proporção está dentro dos níveis históricos de comércio efetivamente realizado entre os dois países no período de vigência do atual acordo", informou o Ministério do Desenvolvimento.

O fim do acordo anterior entre Brasil e Argentina, em dezembro passado, reduziu o ritmo do comércio de veículos entre os dois países e contribuiu para a queda nas vendas da indústria nacional neste ano, pois a Argentina é o principal destino de exportação de carros brasileiros. O montante de veículos emplacados até maio passado foi 5,5% menor do que nos cinco primeiros meses de 2013.

Participação nos mercados
 
Pelo novo acordo, os setores produtivos (associações como Anfavea, das montadoras, e Sindipeças, da indústria de peças automotivas, do lado brasileiro, e as similares Adefa, Afac e ADIMRA do lado argentino) se comprometem a manter participação mínima nos respectivos mercados de veículos nas seguintes proporções: 11% de automóveis argentinos no Brasil e 44,3% de brasileiros na Argentina.



O texto prevê que o Comitê Automotivo fará o monitoramento constante do comércio bilateral para garantir que todas as bases acordadas sejam cumpridas.


"O fato de o documento ter sido chancelado pelas presidentas Dilma Rousseff e Cristina Kirchner garante força política e é um passo importante para o setor dos dois países. Com isso, Brasil e Argentina agora figuraram entre os principais produtores e mercados fortes e laços estratégicos. Esse é mais um passo para uma medida mais ambiciosa a partir de 2015", afirmou Mauro Borges, ministro do Desenvolvimento.


O documento possui três anexos. O primeiro deles estabelece as bases para a discussão do acordo seguinte, que vigorará a partir de julho de 2015.


"Há previsão da construção de uma política industrial comum para o setor de autopeças. Além disso, como temas de discussão, estão novos requisitos de origem para favorecer o desenvolvimento competitivo do setor de autopeças na região, a aplicação de normas técnicas comuns e a elevação dos níveis de segurança dos veículos produzidos nos dois países", acrescentou o governo brasileiro.


O segundo anexo traz a nomenclatura técnica dos componentes contemplados no acordo. Já o terceiro trata de protocolo de intenções firmado entre representantes dos setores produtivos de Brasil e Argentina nos segmentos de fabricação de veículos automotores e de autopeças, informou o MDIC.

Nenhum comentário: