Todos os anos, os católicos brasilienses se encontram na Esplanada dos Ministérios em uma grande celebração de Corpus Christi. Em 2014 será diferente.
Amanhã, Colômbia e Costa do Marfim se
enfrentarão pelo grupo C da Copa do Mundo no Estádio Nacional Mané
Garrincha e todo o acesso à região central ficará prejudicado. Para que a
data não passe em branco, a Arquidiocese de Brasília optou por
setorizar as celebrações em 13 eixos. Assim, cada conjunto de paróquias
ficará responsável por uma festa.
Apesar de acreditar
que celebrar nas paróquias não vai tirar o brilho da festa, a
farmacêutica Patrícia Boaventura, de 27 anos, acha que mudar o evento do
local tradicional é errado. “É um reflexo do que vivemos hoje no mundo.
A sociedade, de certa forma, tem excluído Deus de suas vidas. Além de
tudo o que a Copa do Mundo já nos tirou, agora também tira Deus, porque é
assim que enxergo tirarem nosso espaço na Esplanada”, desabafa.
Significado
Ela
participa da festa na Esplanada desde criança. “Significa muito para
nós, católicos. Celebramos o corpo de Cristo, a essência de nossa
religião. Ele que se faz presente em um pedaço de pão para estar perto
de nós”, explica. A jovem acredita que a festa é importante e
tradicional para a comunidade. Apesar de nunca ter participado da
confecção do tapetes, costuma chegar cedo para acompanhar a
construção.
Os
fiéis reclamam da falta de divulgação. Na missa do último domingo, nada
foi falado para o administrador Leonardo Coelho, 32 anos, que já se
programava para ir à Esplanada. Ele entende a mudança, já que a cidade
estará voltada para o futebol. “Por causa das alterações no trânsito, as
pessoas realmente teriam dificuldade para chegar. Foi uma solução boa
para não ter que cancelar a festa”.
Desde
pequeno, ele participa do Corpus Christi. Primeiro, com seus pais.
Depois, entrou para um grupo que participava da construção do tapete.
“Poder ir perto de casa é ótimo, mas estar todo mundo reunido na Esplanada é melhor ainda”.
Celebração menor na Catedral
Mas a
celebração na Catedral não será apagada. Às 16h, Dom Sérgio e Dom
Marcony estarão à frente da missa. Do lado de fora, um palco receberá a
população, e a confecção do tapete para a passagem da procissão terá escala menor: 16, 15 a menos que o normal. Espera-se uma festa bonita.
Em Ceilândia, Dom José Aparecido presidirá uma missa campal. A solenidade acontecerá ao lado da administração regional.
História
Corpus
Christi é a celebração em que é comemorada a instituição do Santíssimo
Sacramento da Eucaristia. É nesse momento que os fiéis agradecem a Deus
pelo dom da Eucaristia. O padre George de Albuquerque, sacerdote da
Catedral Metropolitana de Brasília, explica que trata-se da solenidade
que a Igreja Católica vive do corpo e sangue de Cristo.
No DF, celebra-se a festa desde 1961, quando uma pequena procissão saía da igreja Santo Antônio, na 911 Sul, até a igreja Nossa Senhora de Fátima, na 307/308 Sul. Informações Jornal de Brasília.
redacao@guardiannoticias.com.br
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