O "movimento social" Guilherme Boulos em ação
A “democratização dos meios de comunicação” que o PT advoga inscreve-se no mesmo espírito e nos mesmos métodos de execução dessa “democratização da democracia” que, apesar do seu jornal esforçar-se por ignorá-lo, está em pleno vigor no país desde que dona Dilma baixou o Decreto nº 8243,
de 26 de maio passado, e permanecerá assim até que o nosso vigilante
Congresso Nacional encontre uma brecha entre a Copa do Mundo e as
eleições neste “ano sabático” que o PT escolheu para baixá-lo, para produzir e aprovar um Decreto Legislativo que revogue o da presidente.
As perspectivas para essa eventualidade não são nada animadoras.
A "sociedade civil" de Guilherme Boulos (Itaquerão ao fundo)
A primeira medição de forças entre os representantes da sociedade civil paulistana eleitos por aquele método “careta” que o PT quer revogar, e a “sociedade civil”
que atende aos chamamentos do Secretário Geral da Presidência, Gilberto
Carvalho, e priva da intimidade da chefe dele resultou, segundo todos
os prognósticos, em que fosse devidamente remetido à lata de lixo o
Plano Diretor elaborado pela Câmara Municipal de São Paulo para definir
os princípios e limites que nortearão tudo que acontecerá no futuro da
maior metrópole do país.
Ele foi substituído por outro, “democraticamente”
redigido pelo próprio, para colocar dentro da legalidade as cinco
invasões de propriedades alheias comandadas pelo senhor Guilherme
Boulos, aquele do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto que veio para invadir “Sua Casa, Sua Vida”
e transformar as cidades brasileiras naquela mesma ilha de segurança e
tranquilidade que tem sido o campo, pelo Brasil afora, desde o advento
do MST, o seu precursor rural.
O "movimento social" Altino dos Prazeres
Tudo certo, aliás, pois está escrito nesse decreto que em propriedade invadida por “movimento social” – e o senhor Guilherme Boulos é um “movimento social”
– nem o Supremo Tribunal Federal põe mais a mão, ainda que fosse o
Supremo Tribunal Federal de antes da deserção de Joaquim Barbosa.
Somente
nesse primeiro ensaio, portanto, revoga-se, junto com a Lei dos
Mananciais – porque o mais importante dos que abastecem São Paulo está
no caminho de uma das cinco invasões do “movimento” Guilherme
Boulos – e o Direito de Propriedade, também o instrumento que faz as
vezes da Constituição para nortear toda legislação que diz respeito aos
espaços urbanos que 90% ou mais dos brasileiros habitam hoje.
No flagrante, o exato momento da "legitimação democrática" do novo Plano Diretor de São Paulo
O Direito de Ir e Vir foi de troco nessa embrulhada já que o “movimento” Altino dos Prazeres, dos Metroviários, tem sido o ator coadjuvante da chantagem de Boulos sobre São Paulo.
Quanto ao “Guilherme Boulos”
do setor de comunicações, ele se chama Franklin Martins, homem que, no
passado, baixava sentenças de morte à revelia de condenados a serem
sequestrados e/ou “justiçados” na rua, e o “MTST” dele
que, conquanto ainda não marche por aí atravancando avenidas com hordas
vestidas de vermelho e agitando bandeiras vermelhas para transformar
num inferno a vida de quem tem de ir e vir para ganhar o pão de cada dia
nas metrópoles brasileiras, é horda também e vareja ha tempos os
caminhos da internet atacando democraticamente “sites” inimigos e promovendo sequestros e linchamentos morais de indivíduos que pensam diferente deles.
O "Poder Legislativo democrático" em sessão plenária
Como ainda está por ser consumada a execução do Plano Diretor de São Paulo em favor da receita “democrática” do “movimento social” Guilherme Boulos, e por ser enfrentada a eventual resposta do Congresso Nacional ao desafio do Decreto nº 8243, dona Dilma e seu fiel Gilberto, a quem o tal decreto atribui as prerrogativas todas dos nossos representantes eleitos, esse “sociedade civil”
em particular foi chamado, entre uma invasão e outra, para uma conversa
privada com os dois em Palácio, onde recebeu ordens de maneirar suas
estripulias – especialmente na invasão do terreno vizinho à Arena
Corinthians que recebeu a abertura da Copa do Mundo – pelo menos até que
os olhos da imprensa internacional, que tio Franklin ainda não
controla, se desviem destes Tristes Trópicos.
Então sim, tudo poderá voltar ao “normal”,
com a cidade batendo recordes sucessivos de engarrafamentos combinados
com greves selvagens do metro e ataques a ônibus, todos “democraticamente” promovidos sob a devida proteção policial.
Quer dizer, isto se o PT permanecer no poder. Se ele perder a eleição então...
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