quarta-feira, 18 de junho de 2014

Principais manchetes da imprensa internacional sobre o Brasil


  • Rede canadense noticia 'explosão da prostituição' no Brasil




    A rede canadense CBC publicou em seu site uma reportagem sobre a "explosão da prostituição juvenil" no Brasil, em meio à Copa do Mundo. De acordo com o texto (leia aqui, em inglês), "O sexy Brasil, conhecido por suas lindas mulheres de biquíni e pela abordagem liberal para o sexo - a prostituição é legalizada aqui - também tem uma das piores taxas de exploração infantil do mundo."


    A reportagem entrevista muitas mulheres que dizem se prostituírem desde crianças e cita o dado de que entre 250 mil e meio milhão de adolescentes, em sua maioria pobres, vendem seus corpos. "Com a Copa do Mundo, quem trabalha para proteger as crianças também tem um esforço extra."


    A repórter diz que a indústria do sexo é visivelmente encorajada aqui. "Hotéis e taxis são parte de uma rede que conecta possíveis clientes com mulheres e muitas vezes meninas. Com a chegada da Copa do Mundo, alguns trabalhadores do sexo estavam fazendo aulas de inglês para poder negociar melhor.

    Alguns taxistas, nos disseram, têm um cardápio de garotas se você pedir."
  • por G1

    Al-Jazeera noticia vitória de vendedores de rua sobre a FIFA

    Al-Jazeera noticia vitória de vendedores de rua sobre a FIFAA rede árabe Al-Jazeera publicou nesta terça-feira (17) uma reportagem sobre os vendedores de rua do país e sua vitória sobre a FIFA para poder vender comida nos estádios. 

    O texto, publicado no site da filial americana da emissora, conta a história de Rita Maria Ventura, uma carioca que foi morar em Salvador para vender acarajé e virou a coordenadora da Associação Baiana de Vendedores de Acarajé.


    Ainda de acordo com a reportagem, em 2012 ela soube que a FIFA havia excluído os vendedores de rua tradicionais do processo que escolheria quem poderia vender dentro do estádio. A campanha “Libere as baianas” ganhou força e mais de 16 mil pessoas assinaram uma petição. 


    Na abertura do estádio, elas entregaram acarajé de graça fora do estádio e entregaram o abaixo-assinado a um assessor direto da presidente Dilma Rousseff.


    Segundo a reportagem, logo após o ato, seis vendedores foram autorizados a trabalhar no estádio.


    “O Brasil, como a FIFA percebeu, é um país determinado a fazer as coisas do seu jeito”, diz a matéria.


  • por G1

    Daily Mail destaca selfie de Neymar com Marquezine e de outros craques da Copa

    Daily Mail destaca selfie de Neymar e Bruna MarquezineReportagem do jornal britânico Daily Mail publicada nesta terça-feira (17) destaca a mania dos 'selfies' dos jogadores mostrando os bastidores e a intimidade dos craques da Copa. O destaque é uma foto de Neymar com sua namorada, a atriz Bruna Marquezine.

    Tem também o italiano Mario Balotelli com a noiva Fanny Neguesha, os jogadores da Alemanha nos vestiários com a chanceller Angela Merkel, e os ingleses com cara de poucos amigos após a derrota para a Itália (leia a reportagem original, em inglês).


    "Neymar, que muitos no Brasil consideram ser a melhor esperança de ganhar a Copa do Mundo em solo nacional, é sem dúvida o rei dos jogadores de futebol no Instragram, aparecendo para documentar cada momento crucial no torneio com uma fotografia sorrindo de si mesmo em vários estados de nudez", diz o texto, referindo-se às fotos sem camisa do número 10 do Brasil.
  • por G1

    Jornal croata reclama de Manaus: 'Depois de juiz japonês, um jogo na selva!'

    Jornal Croata 


    Uma reportagem do jornal croata “Jutarnjilist” diz que a seleção da Croácia considera uma segunda punição o fato de a partida desta quarta-feira (18), contra o time de Camarões, ser em Manaus. 


    A primeira punição, segundo a publicação, teria sido “a ajuda” do árbitro japonês Yuicho Nishimura ao Brasil, quando ele marcou um pênalti polêmico no jogo de abertura da Copa. "Primeiro um juiz japonês, agora um jogo na selva!"

    O texto afirma que Manaus é um lugar bom para “pescar”, na visão dos próprios brasileiros, e que a cidade só foi escolhida como sede do Mundial por razões políticas, já que o país “não poderia ignorar sua parte selvagem”. (veja a reportagem original, em croata)


    Além disso, ressalta que os jogadores de Camarões terão vantagem sobre o time europeu devido às condições climáticas naturais. A cidade foi também duramente criticada pela seleção da Inglaterra devido às altas temperaturas e clima seco. Os britânicos perderam de 2 a 1 para a Itália no último sábado (14).


    Segundo o “Jutarnjilist”, o time do técnico Niko Kovac deverá ser puxado pelo artilheiro da equipe nas eliminatórias, Mario Mandzukic, que não jogou contra o Brasil.  

    O atacante é considerado pelo treinador e por seus companheiros um importante reforço na busca pela classificação para as oitavas de final.

  • por Dennis Barbosa

    Jornalista alemão relata ter sido assaltado em Manaus

    O repórter alemão Lutz Wöckener, do jornal “Die Welt”, compara Manaus a um “beco escuro”, em um texto em que relata ter sido assaltado quando tentava pegar um ônibus para a Fan Fest da capital amazonense, para acompanhar a transmissão do jogo de abertura na quinta-feira (12).

    Ele conta que não conseguia pegar o ônibus de número 120 para ir à Ponta Negra, local da festa, porque todos que passavam estavam superlotados, e decidiu caminhar até uma parada anterior ao do local onde estava hospedado para tentar pegar um mais vazio. 

    Quando estava no meio da aglomeração para embarcar em um ônibus, ele resolveu fazer um vídeo. O alemão relata que neste momento alguém tentou arrancar o iPhone de sua mão, e ele não deixou. 

    Em seguida, o ladrão apontou para um comparsa que levantou a camiseta, mostrando estar armado. Wöckener então deixou que eles levassem o iPhone, algum dinheiro e um outro celular que carregava, com número brasileiro. Em seguida, foi empurrado para dentro do ônibus pela multidão.

    Depois de ser roubado, e também por causa do calor dentro do ônibus lotado, Wöckener diz tido um problema de pressão. Sua próxima lembrança é de uma mulher jogando água em sua nuca e perguntando se estava tudo bem. 

    Um homem que estava perto, ao ouvir que o alemão tinha sido roubado, disse que não se pode mostrar um iPhone ou iPad na rua em Manaus, a menos que se queira perdê-lo. Disse ainda que tinha sorte de não estar em “São Paulo ou Belo Horizonte”, onde, segundo contou, pessoas já morreram por causa de celular.

    O jornalista diz que havia se preparado para ir a Manaus. Leu muito sobre a cidade, conversou com estrangeiros que vivem ali.  Deixou sua aliança na Alemanha, andava com uma carteira “para ladrões”, com pouco dinheiro e cartões bancários vencidos. Planejava jamais ir a um caixa eletrônico sozinho, nem sair na rua depois do anoitecer. No dia em que foi roubado, relata, estava de camiseta e chinelos, para não chamar a atenção.

    "Até um ano e meio atrás, dois chefes do tráfico dividiam o centro da cidade e tratavam de manter a ordem com intimidações e ameaças. Hoje a situação é muito mais imprevisível. 

    As ruas pertencem a muitos pequenos criminosos que esperam, sobretudo, por turistas. Assaltos e furtos fazem parte do cenário da cidade assim como o Teatro Amazonas. O problema das drogas é igualmente visível. A energia criminosa é palpável", escreve o Wöckener.

    Ele afirma que Manaus é comparável a um “beco escuro”, pois não tem favelas grandes como outras metrópoles brasileiras, e não está entre as 30 cidades com maior criminalidades, mas tampouco tem uma região em que estrangeiros podem circular em segurança. “Se a Copa fosse uma cidade, Manaus seria algo como um beco escuro”, descreve.
    Site do 'Welt' com texto do jornalista assaltado



  • por G1

    Jornalista irlandês reclama da barreira linguística em São Paulo

    Jornalista escreveu artigo no The Irish Times 

    Um jornalista do The Irish Times que está no Brasil para a Copa do Mundo descreveu sua experiência tentando se comunicar em São Paulo. Em um post publicado nesta segunda-feira (16), Dave McKechnie disse que não consegue entender os brasileiros porque eles não falam bem a língua inglesa.

    Citando suas atividades durante um dia em São Paulo, ele contou que se perdeu na Avenida Paulista tentando achar a loja de uma operadora de telefone para comprar um chip de celular. Sem entender as instruções da atendente de seu hotel, ele seguiu o caminho errado na Paulista, e só achou a loja quando fez mímica aos pedestres que encontrava na rua.

    Na loja, o jornalista disse que o atendente precisou usar um tradutor no computador para se comunicar com ele, e se assustou quando a máquina traduziu a frase e indicou que ele deveria voltar às 15 horas (para ele, isso queria dizer que ele só poderia retornar depois de 15 horas).

    No táxi, ele diz que a experiência não é muito diferente das que ele tem com taxistas em Dublin. “O simpático motorista compartilha todos os pensamentos que passam por sua mente falante de português. Primeiro, tente parecer perdido –isso não funciona--, depois finja que você entende. A dinâmica parece com a de uma corrida de táxi em Dublin.

    “O inglês é tão pouco falado aqui que até uma visita à padaria local tem suas complicações”, disse ele no texto. Na padaria, ele se surpreendeu ao receber “um disco” --uma comanda com um número e um código de barras, e diz que se confundiu com os tipos de comida que encontrou. Quando recebe “uma baguete que pesa quase um quilo” da atendente do outro lado do balcão, ele se pergunta se aquilo é para comer ou para se defender quando estiver no Rio.


    Mas o susto pior acontece na saída. Ao pagar a conta, ele recebe a comanda de volta. “Talvez é um cartão de fidelidade?”, ele escreve sobre sua impressão. Logo, Dave descobre que não. “Nós saímos. As pessoas começam a gritar, buscando suas pistolas”, descreve ele sobre o nervosismo dos locais. Então ele entende que a comanda deve ser inserida na máquina que fica ao lado da saída.


    “A barreira linguística está nos deixando exaustos”, disse o jornalista irlandês, já temendo que as coisas piores quando ele visite cidades mais ao norte do Brasil.


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