Artigo
no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por
João Guilherme C. Ribeiro
Recuso-me terminantemente a aceitar a ideia
de que "a seleção é a pátria de chuteiras", como queriam Nélson
Rodrigues e e seu pai Mário Filho. Acima de tudo, a
Copa é congraçamento. Futebol é esporte. Eu só entendo esporte na
concepção do barão de Coubertin que levou à criação dos Jogos
Olímpicos: educação e autosuperação.
Além do mais, não sou brasileiro apenas
quadrienalmente e, mesmo assim, até a primeira derrota da seleção...
Para mim, que vença o melhor, o mais capaz,
o mais educado, o que possa servir de exemplo pelo fair play e pelo
comportamento civilizado ao resto do mundo. Abomino a catimba, a falta de
respeito, a deslealdade e tudo aquilo que permite vencer sem mérito. Quem
venceu sem mérito não venceu. Simplesmente enganou. Não é campeão,
mas usurpador.
Há ainda o fator sorte ou acaso, que às
vezes não deixa que aquele que merece vença. A Copa de 1974, quando a
Alemanha venceu a Holanda, frustrou os que amam o esporte pelo esporte.
Mas a vitória alemã não foi imerecida. Há méritos na constância.
Quem viu as Copas de 1958 e a de 1970 viu o
atleta brasileiro em seu ápice. A rigor, por tudo que significaram, essas
duas Copas me bastariam. O resto, a não ser pela de 1962, é supérfluo,
sem o brilho, a espontaneidade, a alegria das posteriores.
A Colômbia tem minha simpatia. A
Holanda, também. Principalmente pela alegria. Não pelo espetáculo,
indubitavelmente bonito, mas porque demonstra o esporte pelo esporte,
espontâneo, leal, entusiasmado. Esse, sim, é o futebol!
Que venha a Colômbia. A não ser que o
Brasil mereça a vitória.
João Guilherme C. Ribeiro é Empreendedor
Cultural.
Nenhum comentário:
Postar um comentário