A chapa criticou o governo e alegou ter sido preterida na escolha para a candidatura ao Senado Federal. Além do PEN, a aliança conta com PTdoB, PSL e PHS.
Atualmente ocupando uma cadeira na Câmara Legislativa, Alírio chegou a citar uma situação: disse que ligou para um petista com o intuito de conversar.
Do outro lado da linha, a pessoa se esquivou do bate papo justificando que iria tirar foto com o governador para sua campanha ao Senado. “Quer dizer que já tinham escolhido”, lamentou para uma plateia de mais de 200 militantes na sede da LBV. O candidato em questão era Geraldo Magela.
Diferente dos petistas que vão lançar Magela para o Senado, a coligação vai apoiar Gim Argelo (PTB). O petebista, no entanto, vai subir no palanque do grupo do ex-governador José Roberto Arruda, preso após estourar a operação Caixa de Pandora. Até então, Arruda é candidato. Será uma tarefa difícil para a coligação aliar campanhas opostas.
Enquanto estava à frente da Secretaria de Justiça, Alírio travou uma batalha com o GDF para conseguir recursos e combater às drogas, principalmente. “E toda vez que buscávamos emendas no Congresso Nacional era o senador Gim que abria as portas”, relembrou o parlamentar.O vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB) rebateu a afirmação de Alírio Neto. “Não cabe isso. A prova de que o governo não tinha abandonado essa coligação foi a forma como fomos recebidos aqui (na convenção)”, justifica. Filippelli não estava presente quando o distrital do PEN fez as criticas. Saiu antes de terminar o evento e preferiu não comentar sobre seu possível rival nas urnas em outubro: o Arruda. Agnelo também esteve presente no evento.
Alírio será candidato a deputado federal. No total, a coligação tem 156 pessoas pleiteando a vaga na CLDF, ressaltando desse grupo o ex-diretor do Procon-DF Todi Moreno e a suplente Luzia de Paula.
Na convenção houve ainda outras situações constrangedoras. Uma das candidatas a distrital subiu na tribuna com o objetivo de empolgar as mulheres. Chegou a dizer que estava ali representando a ala feminina da política.
Entretanto, na plateia estava Luzia de Paula que esboçava apenas um sorriso amarelo com as palavras. Ela só mostrou empolgação quando a mesma mulher, alertada por alguém, a citou como uma “grande representante” na política. “Não podemos deixar de citar”, remendou.
Elton Santos
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