Um dia depois de ter seu nome oficializado na disputa à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB) afirmou neste domingo (29) que é "coisa do passado" a divergência com a sua vice, Marina Silva, na montagem das candidaturas nos Estados.
Sem citar o nome da ex-senadora ou alguma situação específica, Campos afirmou ser um erro reduzir as eleições às questões regionais.
"Esse debate faz parte do passado, agora é discutir nossas ideias, nossas propostas. (...) O povo brasileiro que não tem filiação partidária, que não vai disputar eleição, ele não quer saber se a coligação em tal Estado é assim ou assado, ele quer saber se tem na política alguém disposto a fazer o debate que não é do mundo político só", afirmou durante congresso do PSB realizado no hotel Nacional, em Brasília.
O PSB de Campos e o grupo político de Marina divergiram publicamente sobre a montagem dos principais palanques estaduais, entre eles São Paulo e Rio de Janeiro. Contrariando a defesa da ex-senadora por candidaturas próprias e que representassem o novo, no primeiro o PSB irá apoiar os tucanos, e, no segundo, o PT.
"Eleição não se ganha com estrutura e dinheiro, eleição se ganha com história e posicionamento correto", afirmou ainda o candidato à Presidência. Apesar da fala, nos bastidores ele ainda articula a montagem final de palanques em Estados como o Ceará e o Pará.
'EI, DILMA...'
O Congresso do PSB deste domingo serviu para que o partido definisse seu novo diretório.
Principal estrela do encontro, Campos voltou a atacar a presidente Dilma Rousseff (PT), reafirmando que ela foi a primeira presidente da recente história a entregar um país pior do que recebeu, e o tucano Aécio Neves, dizendo que o povo está cansado do "suga-suga".
Aécio, na semana que passou, disse ter mantido o seguinte diálogo com aliados de Dilma que estariam cogitando apoiá-lo: "Eu digo: façam isso mesmo. Suguem mais um pouquinho e depois venham para o nosso lado".
Em seu discurso, Campos também afirmou que crescerá nas pesquisas quando a população souber de seu compromisso de não interromper programas como o Bolsa Família, o ProUni e o Minha Casa, Minha Vida.
"Nosso governo não será um governo que vai desarrumar o que está certo, mas sobretudo vai cuidar de enfrentar os erros e melhorar o que está funcionando."
Assim como fizeram na convenção de sábado, integrantes da Juventude do PSB voltaram, na saída do evento, a entoar uma paródia do xingamento direcionado a Dilma Rousseff no jogo de abertura da Copa do Mundo.
"Ei, Dilma, sai pra entrar o Dudu", cantaram os pessebistas. Campos –cujo apelido no mundo político é Dudu–, sorriu na direção dos correligionários.
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